Antonio Anakim, o atropelador de Copacabana - Reprodução do Instagram
Antonio Anakim, o atropelador de CopacabanaReprodução do Instagram
Por RAFAEL NASCIMENTO

Rio - A mulher que acompanhava Antonio de Almeida Anaquim, de 41 anos, no momento que ele invadiu a orla de Copacabana e atropelou 16 pessoas, entre elas a bebê Maria Louise, de oito meses, que acabou morrendo, disse que ele teve um "apagão" enquanto dirigia. 

"A principal testemunha é a mulher que estava com ele, que ele conheceu um dia antes e estavam indo jantar. Ela confirma que ele teve um apagão, que desmaiou", disse o delegado Gabriel Ferrando, titular da 12ª DP (Copacabana), responsável pelas investigações. 

A polícia já oficializou o Detran sobre o caso e carteira de habilitação foi recolhida pela delegacia. Antonio Anaquim disse em depoimento que não se recorda de ter recebido nenhuma notificação do Detran de que tinha que entregar a carteira.

Ele também falou sobre o seu problema neurológico. O atropelador contou que teve um surto psicótico há cerca de 5 anos e que faz exames de seis em seis meses, sendo acompanhado por um profissional.

"Estamos trabalhando com a linha de homicídio culposo. Mas, tenho que analisar a vida pretérita dele. Se ele tinha consciência desse problema, se ele se colocou em uma posição de imprudência, negligência. Isso vai ser apurado ao longo da investigação", contou o delegado. 

Além dos exame de alcoolemia — feito para medir a quantidade de álcool por litro de sangue — que deu negativo, Anaquim também fez exame de urina e sangue. "Estamos recolhendo imagens de todos os locais, inclusive de mídias sociais, estamos ouvindo testemunhas e aguardando o laudo pericial e dos exames. Todos esses elementos vão ajudar bastante a investigação", finalizou o policial.  

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