Rio - O governador Luiz Fernando Pezão admitiu que houve falha no planejamento de segurança durante o Carnaval. No período, casos de violência, como arrastões nas praias, saques a supermercados e um agente do Lapa Presente agredido, foram registrados no Rio. Ele disse que o problema maior ocorreu nos dois primeiros dias.
"Não estávamos preparados. Houve uma falha nos dois primeiros dias, e depois a gente reforçou aquele policiamento. Mas eu acho que houve um erro nosso. Não dimensionamos isso, mas eu acho que é sempre um aprimoramento, a gente tem sempre que aprimorar", afirmou Pezão ao RJTV nesta quarta-feira.
Segundo o governador, a equipe de Segurança ainda se reúne para contabilizar os dados das operações realizadas nos quatro dias de Carnaval. Pezão destacou a importância da integração da PM com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
"A nossa equipe de segurança agora está reunida fechando esses dados. É impressionante o número de apreensões. A PRF também, com o número de apreensões de armas, de cartuchos que estava vindo para o Rio. Então, aprimorar cada vez mais essa integração e nós não vamos nos afastar. Neste meu último ano vou me dedicar fortemente a cada vez mais estar melhorando a área de segurança", completou.
Já o ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse ao RJTV que ainda não recebeu a avaliação da Secretaria de Segurança do Rio sobre o esquema. "Estive envolvido no Carnaval com a crise dos venezuelanos em Roraima", disse.
No dia 12 de janeiro, Jungmann e Pezão deram uma entrevista sobre planos de segurança para o Carnaval do Rio. O ministro explicou que não era favorável ao apoio das Forças Armadas na segurança durante o evento porque "não há descontrole nem desordem no Estado". Jungmann argumentou que o estado enfrentou grandes eventos recentemente, sem a necessidade de recorrer aos militares.
Jungmann descartou o uso das Forças Armadas depois de o prefeito Marcelo Crivella (PRB) anunciar que pediria o apoio. Por lei, porém, o reforço só poderia ser requisitado por Pezão, que declarou que não faria a solicitação. Pezão afirmou, na época, que "existe um plano de segurança nosso que sempre existiu no carnaval". "Em nenhum momento passou pela gente pedir Forças Armadas. A gente teve o Réveillon com três milhões de pessoas aqui e a gente viu que não teve problema nenhum", disse.
Com informações do Estadão Conteúdo