Aos poucos o trabalho de limpeza dos bairros vai sendo realizado. Alguns ainda estão com fornecimento de água precárioFoto: Redes sociais

Costa Verde – Dois dias após a forte chuva que causou grandes transtornos na cidade, Angra dos Reis ainda se recupera dos problemas gerados pelo alto índice pluviométrico registrado no domingo (20). Alguns bairros ainda estão sem energia elétrica, árvores caídas estão sendo cortadas e o abastecimento de água aos poucos vai voltando à normalidade.

Vinte e nove moradores ainda permanecem nos abrigos públicos que funcionam em escolas municipais. Eles aguardam a realização de vistorias em seus imóveis para poderem voltar para casa.

Treze equipes de engenharia realizam o trabalho em diversas partes do município. As famílias que não puderem retornar para suas residências serão cadastradas no programa de Aluguel Social da prefeitura de Angra.

As aulas em quatro escolas continuam suspensas: duas no bairro Belém, que ainda têm desabrigados, e uma nos bairros Sapinhatuba III e Vila Velha, que estão sem energia elétrica.

A defesa Civil realizou 27 cortes de árvores até o momento e o trabalho continua para que a circulação de ônibus e carros volte ao normal em algumas vias. A Estrada do Contorno, no corredor turístico da Ponta Sul, está parcialmente interditada devido à queda de árvores sobre as redes de energia.
O trabalho precisa ser realizado em conjunto com a Enel Distribuidora, mas até o momento a empresa não mostrou que possui um plano de ação para emergências como a de domingo. Pontal e Banqueta são outros bairros que passam pelo mesmo problema.
Por volta das 12h desta terça-feira, moradores do bairro Japuiba fecharam a Rodovia Rio-Santos na altura da UPA Infantil protestando contra a falta de energia. Também houve protestos no bairro Garatucaia, divisa de Angra e Mangaratiba.

Na tarde e noite de ontem, foram registrados protestos com fechamento de ruas nos bairros Ponta Leste e Água Santa, no terceiro distrito. Ambos estavam sem energia elétrica desde a tarde de domingo e não tinham sido atendidos pela Enel. Somente após os protestos o serviço foi normalizado.

O trabalho realizado pela Defesa Civil Municipal tem sido alvo de elogios. O mesmo não se pode dizer da Enel, alvo de uma moção de repúdio na Câmara Municipal durante sessão na manhã desta terça-feira (22).
Duas comunidades precisaram protestar para que a energia fosse restabelecida - Foto: Reprodução internet
Duas comunidades precisaram protestar para que a energia fosse restabelecidaFoto: Reprodução internet
O prefeito de Angra, Fernando Jordão, usou as redes sociais para informar que a prefeitura também irá acionar a empresa judicialmente.
- Nós estamos estudando uma ação contra a Enel para que ela possa dar uma resposta mais rápida. Eu já pedi isso aos nosso procuradores, pois nós estamos com estradas fechadas devido à demora no restabelecimento da energia em vários bairros. Sem contar o trabalho de retirada de árvores de cima de redes elétricas que precisa ser feito em conjunto com a prefeitura -, reclamou Jordão.
O INEA, Instituto Estadual do Ambiente, é outro órgão que vem sendo bastante criticado no período pós chuvas. Apesar disso, o vereador Jorge Eduardo Mascote (Patriota) informou que o órgão autorizou a dragagem dos rios que cortam a cidade.