Angra dos Reis – A Polícia Civil cumpriu um mandado de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira (25) na residência e no gabinete da vereadora Gabriella Carneiro (PP). De acordo com informações preliminares, o objetivo foi encontrar provas para embasar uma investigação sigilosa que vem sendo realizada pela 166ª DP.
O mandado de busca e apreensão foi expedido pela Vara Criminal de Angra dos Reis, para uma quebra de sigilo solicitada pela delegacia.
A movimentação de policiais logo cedo nas imediações do prédio administrativo da câmara chamou a atenção dos populares. Rapidamente as redes sociais foram tomadas por informações de que o poder legislativo era o alvo das investigações.
A câmara emitiu uma nota de esclarecimento onde afirma que “cumpre-nos esclarecer que a referida diligência teve como objetivo somente o GABINETE da vereadora supracitada, não envolvendo a Casa Legislativa”.
De acordo com o delegado Vílson de Almeida, titular da delegacia de Angra dos Reis, a ação foi para apurar a prática dos crimes de peculato e porte ilegal de arma de fogo, que teriam sido praticados pela vereadora conhecida como “Gabi Greg”, em seu gabinete. Seu ex-marido, o policial militar Greguy Duarte, está sendo acusado de participação no crime de peculato.
A vereadora também é acusada de exigir o repasse de parte dos salários de seus funcionários, como condição para permanecer nos cargos. A prática da "rachadinha" estaria acontecendo desde o início do mandato de Gabriella Carneiro.
Segue na íntegra a nota de esclarecimento da Câmara Municipal de Angra dos Reis.
Nota de Esclarecimento
A Câmara Municipal de Angra dos Reis vem a público esclarecer o fato ocorrido nesta manhã, 25 de maio, mais precisamente às 6h, nesta Casa Legislativa.
Na data de hoje, a polícia especializada realizou busca e apreensão no gabinete da vereadora Gabriella Carneiro, objetivando a retirada de provas para embasar investigação sigilosa. O mandado fora expedido pela Vara Criminal desta Comarca, nos autos do processo de número 0003483-58.2022.8.19.0003 (quebra de sigilo requerido pela autoridade policial da 166ª DP), cujo processo foi direcionado, EXCLUSIVAMENTE, à vereadora e a seu chefe de gabinete. Cumpre-nos esclarecer que a referida diligência teve como objetivo somente o GABINETE da vereadora supracitada, não envolvendo a Casa Legislativa.
Na oportunidade, a polícia realizou buscas orquestradas nas residências dos envolvidos no inquérito. Diante das notas publicadas, levianamente, nas redes sociais, faz-se necessária a divulgação da realidade dos fatos.
Entretanto, informamos, desde já, que ainda não sabemos o teor do processo investigativo que levou a polícia a romper as portas do GABINETE da edil.
Sempre primando pela busca da verdade aos munícipes, nos colocamos à disposição de todos, inclusive imprensa, para quaisquer esclarecimentos.
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