Por lucas.cardoso
Rio - A Peugeot demorou para acertar a mão no 208, que teve seu primeiro modelo em 2012. Mas conseguiu com a versão 2017. O modelo esbanja bom gosto e boas escolhas visuais. Nas linhas, frisos e, em cada detalhe, é possível perceber que a montadora francesa não queria mais errar. Os modelos da geração foram pensados como compacto premium e se enquadram com louvor no segmento.

Testamos a versão Allure Puretech com motor 1.2 litros de três cilindros aspirado, que entrega 90 cavalos de potência. E conseguimos perceber que a intenção era lançar um carro de bom gosto e econômico. Nesse último quesito, o hatch mostrou a que veio. O giro suave e sem barulho surpreende nas acelerações vigorosas. Durante uma semana, rodamos por cerca de 300 quilômetros em ruas e rodovias. E, na avaliação de consumo, conseguimos bom resultado médio de 13,7 quilômetros por litro. Mesmo com o ar-condicionado ligado, o modelo apresentou bons resultados e força nas retomadas.

Nova versão recebeu pequenas atualizações na parte externa. Mantido%2C destaque para teto solar panorâmicoDivulgação

Os faróis dianteiros com assinaturas em LED deixam a frente do modelo ainda mais bonita e atual. Na frente, linhas e metais cromados acompanham quase tudo. A traseira compensa por ser mais contida. O que não significa que existam excessos. Pelo contrário: o 208 é até bem equilibrado.

Uma ressalva nos acertos vai para o câmbio de cinco marchas, Com uma alavanca de curso longo, falhou arranhando em algumas situações que exigiam trocas rápidas. A profundidade do pedal da embreagem também gerou um trabalho mais excessivo da musculatura da perna. Na frenagem, os freios ABS do modelo melhoraram em comparação com versões anteriores.

A direção com assistência elétrica variável é leve em manobras. Tem peso e sensibilidade em velocidades elevadas, transmitindo segurança ao motorista. O volante em couro é pequeno, de boa pegada e tem aspecto esportivo, além de ter a profundidade e a altura ajustáveis. A posição ao volante é agradável. O banco do motorista tem encaixe perfeito e possui ajuste de altura.

Acabamento interno agradou. Preço varia de R%24 51.200 a R%24 81.990Divulgação

No acabamento interno, a Peugeot acertou ao escolher combinações de materiais. Tudo se encaixa perfeitamente e sem rebarbas. Apesar de ter um aspecto duro, são agradáveis ao olhar.

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PARA O SMARTPHONE
Com uma tela de sete polegadas sensível ao toque, a central multimídia do 208 é bonita e só peca por não ter a função de navegação. Apesar disso, existe a opção de espelhamento do smartphone, função que pode amenizar essa ausência.

O espaço interno é agradável e acomoda com conforto até cinco adultos. O porta-malas, que abre por botão sem a necessidade de chave, tem tamanho compatível com o segmento. Além do já citado de série, o 208 Allure manual vem com ar-condicionado dual zone, vidros e travas elétricos, airbag duplo, faróis de neblina, computador de bordo, retrovisores com repetidores de seta, luzes de emergência, painel de instrumentos com LED, cintos traseiros de três pontos e apoio de cabeça para todos os passageiros, USB e porta-luvas refrigerado.

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MENOS POTENTE, MAS FORTE
Com versões que vão de R$ 51.200 até R$ 81.990, o 208 é competitivo dentro do segmento. O modelo que testamos custa R$ 57.990 e tem a difícil missão de concorrer diretamente com o líder de vendas no país, o Onix LTZ 1.4.
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E, para terminar, ainda que o teste tenha focado na questão da eficiência energética, também concluímos que o motor menos potente da versão atual proporciona desempenho e força ideal para a utilização urbana, sem fazer feio nas estradas, serras e rodovias.
Reportagem de Lucas Cardoso