Rio - Com o objetivo de dar novos ares ao HR-V, a Honda lançou a versão topo de linha para o SUV. Chamado de Touring, o modelo traz poucas mudanças, como faróis de posição em LEDs, sensor de estacionamento traseiro, retrovisor interno fotocromático e airbags de cortina, que compõem o total de seis mecanismos. O modelo custa R$ 108 mil.
Apesar do nome fazer alusão à conhecida versão Touring do Civic, que tem motor 1.5 Turbo de 173 cavalos de potência, a Honda optou por manter sob o capô o conhecido 1.8 i-VTEC, de 140 cv e torque máximo de 17,4 mkgf, que equipa todas as versões do SUV. Aliado ao propulsor, trabalha um câmbio automático CVT com sete marchas virtuais.
Em um test drive feito pelo DIA, o desempenho foi compatível com a proposta do modelo. Não deixou a desejar em nenhuma situação. Retomadas e ultrapassagens foram fáceis. A direção elétrica ajudou na hora das manobras. O conjunto ficou mais interessante na posição 'S' do câmbio, que permitiu a passagem das marchas por aletas que ficam atrás do volante. Nessa posição, o SUV deu respostas mais rápidas aos comandos do pedal.
Como se trata de mais uma das versão do modelo, não há muitas alterações no seu exterior. Apenas uma mudança no conjunto óptico, em que foram adicionados faróis de posição em LEDs, deixaram o modelo diferente dos outros.
Já no interior, para facilitar ainda mais as manobras de estacionamento, foi instalado um sensor que emite sons para alertar o motorista da proximidade com objetos e carros na hora de parar em uma vaga. Alguns vão estranhar a presença do item devido à existência da câmera de ré, mas há quem só perceba a proximidade quando há o alerta sonoro.
Presente nesta versão, o retrovisor fotocromático ajuda durante a noite, quando o farol alto dos carros que vêm atrás atrapalham a visão. Rodamos por cerca de 120 quilômetros com o modelo e obtivemos uma média de 9,6 km/l. Nada mal para trajetos urbanos de muito trânsito. Vale ressaltar a presença de um sistema de iluminação no painel, que orienta sobre a economia de combustível.
Espaço interno
Graças ao ótimo espaço interno, não há dificuldades de acomodar três passageiros atrás. Há cinto de três pontas para todos. Ainda sobre o interior, a posição ao dirigir continua agradando. Mesmo com uma ou duas horas ao volante, não existe sensação de incômodo ao guiar. Ajustes de altura e profundidade do volante também são possíveis no modelo.
Tudo colabora para facilitar a vida do motorista. A central multimídia sete polegadas, sensível ao toque e inclinada para quem dirige, tem GPS e bom visual gráfico. O sistema chegou a travar em algumas situações, mas seu funcionamento se mostrou fluido na maioria das atividades. Outro diferencial do novo HR-V é a segurança. Nesta versão, o quesito recebeu novas bolsas de cortina. Com elas, o SUV passa a ter seis airbags: motorista, passageiro, bancos e outros dois de cortina.
Em relação à concorrência, o novo topo de linha compete diretamente com o Jeep Renegade Limited 1.8 flex, cujo valor chega a R$ 103.260 quando equipado com o pacote opcional Safety, que adiciona quatro airbags, e com o Compass em sua versão mais barata, a Sport. Hyundai Creta (atual quarto lugar do segmento SUV), Nissan Kicks, Chevrolet Tracker e Renault Captur, mesmo em suas configurações mais completas, não ultrapassam o valor do modelo.
Melhor revenda
Não é todo mundo que compra o carro pensando em mantê-lo por muito tempo na família. Em alguns casos, é o contrário. No caso dos proprietários do Honda HR-V, ou da maioria deles, um dos quesitos que mais pesam na hora de escolher o já cansado SUV é seu valor de revenda. Modelo foi a opção com menor índice de depreciação pelo segundo ano seguido, com meros 8,8% de queda, segundo a Agência Autoinforme.
