Das Dores da Saúde começou a trabalhar na Saúde aos 16 anos e é considerada exemplar Foto Ascom/Divulgação
Das Dores diz que não se imaginava trabalhando na área de Saúde: “quando criança meu sonho era ser professora, porém entrei no curso técnico de enfermagem incentivada pelo meu pai, Sebastião Miranda, ex-funcionário da prefeitura (já falecido); durante o estágio tive a primeira oportunidade no Hospital São Vicente de Paulo e fui efetivada pelo Dr. Moacir Valinho”.
A aposentada ensina que “tudo que a gente faz tem que ser bem feito”, e foi assim que se esforçou para chegar à excelência na aplicação de injeções e vacinas. “Eu ficava treinando numa bola de pano ou numa laranja; minha mãe dizia para eu deixar a mão solta, bem leve, e até me arrumou uma seringa de vidro (na época não havia as descartáveis e o material era esterilizado e reutilizado) para praticar”.
Filha mais velha de 10 irmãos, Maria das Dores tem 68 anos de idade; revela que ajudou a cuidar dos mais novos e tomou gosto. A técnica de enfermagem lembra que dava remédios e aplicava vacinas com tanto carinho nas crianças da cidade que as mães passaram a ‘exigir’ que os filhos fossem atendidos só por ela.
Orgulhosa, Das Dores fala nos filhos, que criou praticamente sozinha (ficou viúva com pouco mais de dez anos de casamento): "amo meus filhos e fiz de tudo para dar uma boa educação pra eles - Jader (técnico de enfermagem), Thais (bióloga) e André (jornalista) são os orgulhos da minha vida”.
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