Fernando Bertozzi fala de esporte sem homofobia em Búzios e defende representatividade no futebolDivulgação / Assessoria
No ano passado, o times cariocas Vasco da Gama, Fluminense e Flamengo usaram camisas personalizados em apoio ao “Dia Internacional do Orgulho” comemorando em 28 de junho. Todos os uniformes têm detalhes com as cores do arco-íris, símbolo do movimento. Mas o futebol é reflexo da sociedade e a homofobia ainda segue presente. Por conta do apoio, surgiram manifestações contrárias de torcedores e políticos em relação ao Fluminense, repetindo antigas piadas que relaciona os torcedores do Fluminense a homossexuais.
Diversas vezes, casos de homofobia atraíram, negativamente, os holofotes no futebol com músicas preconceituosas cantadas por torcedores de alguns times, e vem chamando a atenção. Mas isso não são novidades no meio do futebol, né? A diferença, é que hoje o cenário em relação a este tipo de atitude é diferente. Com a criminalização da homofobia e da transfobia, esses atos agora podem ser enquadradas da mesma forma que racismo, com pena prevista de um a três anos de cadeia. Após a decisão, o Supremo Tribunal de Justiça passou a recomendar que árbitros relatem casos de homofobia nas súmulas das partidas e parem os jogos caso isso aconteça.
“Eu adoro futebol, mas confesso que ainda tenho medo de ir ao estádio, justamente por conta do que vejo na TV. É uma pena que o esporte ainda seja assim, mas tenho certeza que isso irá mudar. Justamente por isso, ainda é necessário levantar a bandeira no futebol, por acreditar em um mundo inclusivo, sem preconceito e sem discriminação. Há espaço para nós no esporte sim”. finalizou Fernando.
O esporte entre a comunidade LGBTQIA+ vem crescendo muito. No ano passado, observávamos um número grande atletas LGBTQIA+ nas olimpíadas, pelo menos 175 dos 11 mil atletas olímpicos que competem em Tóquio até 8 de agosto são abertamente LGBTQIA+, de acordo com o blog Outsports da SB Nation. É mais um espaço que estamos conquistando e consolidando através de lutas e conquistas de movimentos.
Fernando Bertozzi é torcedor do Fluminense F.C. e pratica atletismo desde os 12 anos de idade. Hoje aos 26, é apresentador, ativista e escritor LGBTQIA+, sendo organizador do maior festival de diversidade de Búzios no Rio de Janeiro, o ‘Pride Búzios’ que compõe a Parada do Orgulho LGBT. Seu livro “O irmão da minha amiga” foi sucesso com público juvenil e por conta de sua passagem apresentando o programa “Meu Pedaço do Brasil” pela TV Brasil, ganhou notoriedade no turismo.
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