Médico anestesista Giovanni Quintella e técnico de enfermagem V.S.S.S, que segue trabalhando normalmenteReprodução/ redes sociais

FATO SEMELHANTE

O caso revoltante e repugnante que aconteceu na noite deste domingo (10), onde o médico anestesista Giovanni Quintella foi preso em flagrante por estuprar uma mulher na mesa de parto em maternidade de São João de Meriti, lembra muito uma situação que aconteceu na periferia de Cabo Frio, na Região dos Lagos, no Hospital Otime Cardoso dos Santos, do Jardim Esperança, em abril desse ano. Para quem não se lembra, uma jovem de 19 anos denunciou ter sido vítima de abuso sexual - ela havia ingerido álcool, estava zonza e teria sido violentada por um técnico de enfermagem dentro do hospital, durante o atendimento. Contudo, apesar da repercussão do caso, que foi noticiado em primeira mão pelo O Dia, além de outros veículos de informação, diferente do anestesista que foi imediatamente preso e afastado, o técnico de enfermagem segue trabalhando normalmente na unidade de saúde. Importante lembrar que a vítima fez B.O. e exame de corpo de delito, que deu positivo.
 
Matéria sobre o caso da jovem de 19 anos que afirma ter sido abusada sexualmente - Print
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ESTRANHA RECUSA EM FALAR
Além disso, na época, o acusado V.S.S.S se recusou a dar sua versão sobre o caso, ou ao menos se defender, optando por excluir as redes sociais e mudar o número de telefone para escapar dos questionamentos da imprensa. Chegou a pedir ajuda de amigos para tentar evitar que a reportagem fosse publicada. A situação é de indignar qualquer um, principalmente quando se menciona o fato que, de acordo com o Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP), o município cabo-friense é o que tem maior incidência de estupros na Baixada Litorânea, com 43 vítimas entre janeiro e maio deste ano. Com isso, fica o gostinho da impunidade aos agressores que, mesmo praticando crimes bárbaros, continuam atuando em suas profissões e vivendo em sociedade. Hoje, o suposto agressor da jovem de 19 anos já reativou suas redes sociais, e vive como se nada tivesse acontecido. Já a vítima entrou em depressão por ser culpabilizada. Vale destacar que a secretaria de Saúde de Cabo Frio está nas mãos de uma mulher e o município tem um prefeito que se diz favorável à paridade de gênero. Entramos em contato com a delegada titular da DEAM, Dra. Waleska Garcez, para saber como anda o caso, mas não obtivemos sucesso. Agora que vemos estarrecidos o caso do anestesista, percebemos que crimes assim não são tão incomuns. Verdade seja dita: péssimos dias para ser mulher no Brasil.