Pesquisa para mapear contaminados pelo coronavírus tem segunda fase em Campos
Contratado pelo Ministério da Saúde, estudo vai estimar com precisão real quadro da pandemia no país; agentes começam a visitar campistas na quinta
Por O Dia
Campos — A pesquisa nacional que pretende verificar a quantidade estimada de pessoas contaminadas pelo coronavírus chega a sua segunda fase em Campos. Os representantes do Ministério da Saúde e do Ibope Inteligência vão percorrer o município e bater de porta em porta em busca de voluntários para a realização do exame que verifica a presença de anticorpos no organismo. Os agentes que conduzem o mapeamento se reuniram nesta terça com a secretária de Saúde Cíntia Ferrini e a diretora da Vigilância em Saúde Andreya Moreira. Todos aqueles que vão trabalhar nas ruas já foram testados para a covid-19.
Em cada residência, é escolhido um morador para responder ao questionário, que traz pergunta sobre doenças pré-existentes e possíveis sintomas do coronavírus, além da coleta de uma gota de sangue do dedo para realização do teste rápido por punção digital.
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“Caso esse morador apresente resultado positivo, todas as pessoas daquela casa serão testados e a Secretaria Municipal de Saúde será informada para os cuidados e protocolos necessários”, explica Cíntia.
As autoridades de saúde de Campos reforçam que todos os envolvidos na pesquisa, coordenada pelo Centro de Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), vão adotar todas as medidas necessárias para garantir a própria segurança e a dos entrevistados. E pedem o apoio da população, ao atender os agentes e para informar as pessoas sobre a pesquisa.
O objetivo é medir o nível de imunização da população. Os testes são feitos em 133 cidades brasileiras. A expectativa é examinar cerca de 33 mil pessoas em cada etapa, 250 em cada município selecionado. Ao todo, cerca de 100 mil pessoas devem ser testadas em todo o país.
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“A pesquisa foi contratada pelo Ministério da Saúde para termos informações mais detalhadas sobre o quadro da pandemia no Brasil, ampliando cada vez mais o conhecimento sobre a doença. Por isso, a importância dela”, frisa Andreya.
São 150 mil testes rápidos oferecidos pelo governo federal, que detectam a presença dos anticorpos IgM (de infecção mais recente) e IgG (de infecção mais antiga) para o novo coronavírus. Com o resultado do estudo, será possível criar estratégias mais precisas para o combate à covid-19, e orientar ações e programas de prevenção.