Várias plataformas da Petrobras na Bacia de Campos têm apresentado surtos de casos de coronavírus - Divulgação
Várias plataformas da Petrobras na Bacia de Campos têm apresentado surtos de casos de coronavírusDivulgação
Por O Dia
Campos — O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) denuncia mais um surto de coronavírus em mais uma plataforma da Petrobras. Desta vez, é a P12, onde 15 trabalhadores tinham suspeita de contaminação nos últimas 14 dias; seis deles tiveram a confirmação do diagnóstico de covid-19 por exame. Outros sete aguardam o resultado.
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No dia 10 de agosto, 10 petroleiros desembarcaram para troca rotineira de turno, nenhum apresentava sintomas. No entanto, três pessoas do grupo começaram a dar sinais da infecção apenas em casa, e o terceiro aguarda o laudo do exame.
O Heliporto do Farol é usado desde 1994 pela Petrobras para embarque de funcionários com destino às plataformas marítimas da Bacia de Campos - Reprodução
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“Existem evidências suficientes do perigo da transmissão por assintomáticos, só que a empresa insiste em agir só nos casos em que as pessoas apresentem sintomas”, aponta o Sindipetro, em nota.
Em resposta à reportagem, a Petrobras disse que “realizou testes a bordo em todos os colaboradores da P-12.A medida foi preventiva e ocorreu após alguns colaboradores reportarem sintomas, sendo imediatamente desembarcados para testagem, isolamento e monitoramento de saúde em terra. Todos os colaboradores com suspeita ou confirmação foram desembarcados e medidas adicionais de higienização e conscientização foram tomadas a bordo”, diz a nota.
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O sindicato confirma a testagem a bordo feita nos últimos dias, mas diz que essa era uma demanda antiga recusada pela companhia.
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O número de trabalhadores a bordo das plataformas também é alvo de crítica da categoria. De acordo com a entidade de classe, a aceleração do processo de desmobilização de várias unidades marítimas — parte do plano de redução da produção da Petrobras — levou a um aumento de pessoal embarcado.
Na P-12, leiloada pela empresa e atualmente ancorada em preparação para transferência a outra companhia, deveriam estar 60 petroleiros. Mas atualmente estaria com 79.
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A Petrobras diz que "a unidade está em fase de descomissionamento, sem produção, com equipe mínima para manutenção das atividades essenciais à segurança”.