Thiago Almeida, de 18 anos, morreu num acidente de moto; seus órgãos salvaram a vida de quatro pessoas - Divulgação
Thiago Almeida, de 18 anos, morreu num acidente de moto; seus órgãos salvaram a vida de quatro pessoasDivulgação
Por O Dia
Campos - Thiago Almeida do Nascimento morreu em um acidente de moto no dia 15, em Dores de Macabu, distrito de Campos. Foi enterrado no dia 21, data em que completaria 19 anos. Mas na morte Thiago distribuiu vida. Seus coração, rins e fígado estão no corpo de outras pessoas. Por trás da triste história de Thiago, está o trabalho do NF Transplantes, que apenas este ano resgatou para uma vida plena 26 sobreviventes que dependiam do transplante de algum órgão.
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"Três dias depois do acidente, Thiago teve a morte encefálica e a equipe do NF Transplantes conversou comigo e com o meu marido Juarez. Inicialmente, fiquei relutante", conta a técnica de enfermagem Alexandra Chagas de Almeida, mãe da vítima. "Mas depois pensei na dor das famílias que aguardavam pela doação de um órgão e resolvemos autorizar a captação”.
Quatro pacientes que aguardavam na fila dos transplantes receberam o coração, o fígado e os rins de Thiago. No ano passado, a equipe do NF Transplantes, que atua no hospital municipal Ferreira Machado, transplantou 4 córneas, 7 fígados e 16 rins. Este ano foram 8 fígados, 2 corações e 16 rins, renovando as esperanças de uma vida normal para dezenas de pessoas.
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"O processo de acolhimento e entrevista dos parentes para a doação obedece a critérios técnicos", explica o psicólogo Luiz Cosmelli. "Damos informações e esclarecimentos sobre o que é a morte encefálica; com uma abordagem humanizada, respeitando a dor da perda, com calma e paciência. Para isso, a equipe passa por treinamentos regulares e faz avaliações internas de cada caso, positivo ou negativo. O sucesso deve-se ao envolvimento de todos".
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No dia 17 de julho, um homem de 34 anos morreu num acidente de carro em São Francisco de Itabapoana. Umas das pessoas beneficiadas pela doação dos órgãos foi a mãe da vítima. Maria Isabel dos Santos Monteiro, de 65 anos, fazia hemodiálise havia mais de 10 anos. Agora, os rins de seu filho Magno são a promessa de uma vida plena.