Foto: César Ferreirapor Letycia Rocha

CAMPOS DOS GOYTACAZES - O prefeito Wladimir Garotinho, acompanhado pelo vice-prefeito Frederico Paes, recebeu, na tarde desta quinta-feira (27), o representante da empresa alemã Colossal Fish, Burkhard F. Hormann, que apresentou projeto para instalação em Campos do investimento, da ordem de R$ 15 milhões, que será instalado em uma área de 4 a 40 hectares. A empresa trabalha com espécies como a tilápia, pirarucu e camarão, de forma sustentável, para atender ao mercado interno e exportação. Um dos locais possíveis para a instalação é Baixa Grande, na Baixada Campista, pela logística favorável, estando próximo ao Porto do Açu, em São João da Barra, e da praia do Farol de São Tomé, além de ser ao lado do Centro Tecnológico de Iniciação Científica, popularmente chamada de Faculdade Pública da Baixada.
“Voltamos para o mapa mundial de investimentos. Isso é fruto de trabalho sério e responsabilidade. O empreendimento será 100% privado, com a expectativa de gerar até 10 mil toneladas de pescado, por ano, e com investimento inicial de R$ 15 milhões, gerando empregos e diversificando nossa economia. No que depender do poder público, de vontade política, nosso interesse é total”, disse o prefeito Wladimir.
Também participaram da reunião o superintendente da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Armando Carneiro, que acompanhou o empresário; o secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca de Campos, Almy Júnior; e o assessor de Relações Institucionais, Mauro Silva. Durante a reunião, foram feitos levantamentos preliminares envolvendo recursos hídricos, localização e as etapas de instalação da empresa. O próximo passo será visitar algumas áreas de interesse da empresa e dar entrada nos procedimentos administrativos.
A previsão é de que, inicialmente, a produção seja de mil toneladas, por ano, chegando a 10 mil toneladas/ano. De acordo com Hormann, a empresa está há 20 anos no Brasil e esta será a primeira no Estado do Rio. Para este projeto, que prevê outros investimentos, além da criação e processamento dos peixes. “A perspectiva inicial é de 200 mil alevinos de pirarucu, além da produção própria de ração. Vamos começar com a criação de mil alevinos e pretendemos chegar a 10 mil, por ano, e gerar de 80 a 100 empregos “, explica o empresário.
Hormann explicou, ainda, que na produção de carne bovina, a emissão de carbono é 30 vezes maior, por quilo de proteína, do que a produção do pescado. “Além da qualidade alimentar, quando se produz peixe, é emitido muito menos carbono. Então, ele é muito mais sustentável. É um empreendimento que traz para a piscicultura da nossa região o que acreditamos ser o caminho, reunindo qualidade e sustentabilidade”.
O secretário de Agricultura explica a importância do projeto. “É um empreendimento que traz para a gente aquilo que a gente acredita: tecnologia, inovação e sustentabilidade ambiental. Não temos futuro fora disso. É alto nível de tecnificação e sustentabilidade econômica e ambiental e traz para a piscicultura da nossa região”.