A criança teve de ser internada na UTI Pediátrica do Hospital Ferreira Machado, mas não resistiu à doença Foto César Ferreira/Secom

Campos - A morte de um bebê de 11 meses de vida, em decorrência de complicações da Covid-19, domingo (10), no Hospital Ferreira Machado (HFM), em Campos dos Goytacazes (RJ), reforça a necessidade das crianças de cinco a 11 anos serem vacinadas contra a doença; o alerta é do médico infectologista Rodrigo Carneiro, subsecretário de Atenção Básica, Vigilância e Promoção da Saúde.
Por meio da subsecretaria, a Secretaria Municipal de Saúde recebeu a notificação da morte do bebê do sexo feminino; de acordo com o boletim, a criança apresentou os primeiros sintomas no dia 23 de junho (febre, tosse, dispneia, desconforto respiratório e queda de saturação); porém, “ela foi levada ao Hospital Plantadores de Cana no dia 27 de junho, onde ficou internada e submetida ao teste de antígeno, que deu negativo”.
Segundo ainda a informação, no mesmo dia, o bebê foi transferido para o Ferreira; “internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica do hospital, precisou de ventilação mecânica, sendo feita radiografia de tórax e diagnosticado pneumonia”.
O exame rt-PCR, feito no dia 28 de junho no HFM, foi encaminhado ao Laboratório Central Noel Nutels (Lacen), no Rio de Janeiro; “o resultado foi positivo para Covid-19; a menina não tinha comorbidade”. Rodrigo Carneiro explica que foi feito contato com a família para informar quanto ao resultado para a Covid-19.
“Conversamos com o pai da criança e nos colocamos à disposição para qualquer esclarecimento”, afirma o médico, orientando quanto à necessidade de vacinar as crianças: “para aquelas que têm entre três e quatro anos, 11 meses, 29 dias, cujo uso da vacina CoronaVac foi autorizado emergencialmente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”.
Rodrigo assinala que o município está aguardando apenas o envio da nota técnica pelo Governo do Estado para iniciar a vacinação das crianças de três e quatro anos; com a autorização, crianças de cinco anos também poderão receber a vacina CoronaVac”, acrescenta o subsecretário, reforçando que pais ou responsáveis pelas crianças devem levá-las para serem imunizadas.