Natália Patrão comenta pesquisa que aponta Campos em quarto no ranking de estelionatos Foto Divulgação (Vídeo)

Campos - “Os estelionatários não fazem chamadas de vídeo; se você pedir ligação de vídeo e essa pessoa desvirtuar o caminho dando algumas desculpas, pode desconfiar”. A orientação é da delegada titular da 134ª Delegacia de Polícia de Campos dos Goytacazes (RJ), Natália Brito Patrão, em vídeo repassado à imprensa, no qual comenta pesquisa que aponta o município em quarto lugar no ranking de casos de estelionatos.
A delegada faz menção a dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) divulgados no dia 24 de agosto, apontando Campos em quarto lugar entre as cidades nas quais acontecem mais golpes; nos sete meses de 2022 já foram registrados 1.607 casos, de um total de 72.457 ocorrências em todo o estado no período (o equivalente a 14 casos por hora, em média).
Natália Patrão comenta que, “com o início da pandemia e o aumento intenso da digitalização, principalmente com as negociações, esse índice de estelionato já aumentou de forma relevante”; ela observa que, geralmente, o estelionato tem uma torpeza bilateral.
“As vítimas se iludem e enchem os seus olhos em razão de uma facilidade, como por exemplo, um anúncio de um carro que ela viu mais barato em sites de comercialização de carros, ou a venda de algum produto nas redes sociais”, explica a delegada.
A delegada chegou a marcar coletiva para abordar o assunto, mas, acabou optando pelo vídeo, em razão de outro compromisso; o principal objetivo é alertar: “existem alguns mecanismos (contra os golpistas); o Banco Central, por exemplo, editou uma função de cancelamento de pix” (um dos meios mais utilizados pelos estelionatários)”, diz.
“A maioria dos bancos, acredito eu, já criou um cartão virtual dentro do aplicativo, no qual tem uma numeração diferente do próprio cartão e você pode efetuar a compra que quiser com esse próprio cartão”, destaca Natália pontuando: “se alguma pessoa invadir seus dados cadastrais, o cartão não está mais válido, pois ele só tem um prazo de 48 horas a depender do banco”.
A ligação de vídeo com a pessoa que o comprador está negociando é outra alternativa sugerida pela delegada: “quem costuma praticar estelionato, não aceita a ligação através de vídeo; a dica é fazer ligação de vídeo com a pessoa que eventualmente você estiver negociando via WhatsApp”, conclui Natália Patrão.