A aplicação dos métodos por meio do laboratório de tecnologias digitais favorece ao aluno Foto Divulgação

Campos - Trinta laboratórios de tecnologias digitais e professores capacitados estão fazendo a diferença na vida dos estudantes especiais da rede municipal, em Campos dos Goytacazes (RJ); é o caso de Leo Xavier tem síndrome de Down, da Escola Municipal Getúlio Vargas, em Tocos.
Segundo a Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia (Seduct), Leo Xavier tem síndrome de Down e encontrou na tecnologia uma aliada para ajudá-lo em seu processo de ensino-aprendizagem, por meio do laboratório de tecnologias digitais, cuja professora é Ana Beatriz Machado dos Santos Costa.
Ana Beatriz avalia que falar sobre inclusão é abordar todos os tipos de diferenças que podem fazer com que o ensino tradicional não seja adequado para algumas pessoas: “no caminho para o respeito à diversidade e para implementação de um ensino muito mais inclusivo, a tecnologia se coloca como um ponto essencial”.
O diretor da Getúlio Vargas, Luiz Augusto Bernardo de Souza, explica que o aluno Leo está passando pela transição da Educação Infantil, no período pós-pandemia, para o Ensino Fundamental: “se a escola não estiver preparada para poder acolher e atender a demanda desse aluno, pode estar bloqueando-o e causando sérios problemas e dificuldades em sua aprendizagem”.
Luiz Augusto entende como mais um desafio pós-pandemia ajudar a criança na transição do infantil para o fundamental, para que ela consiga alcançar os objetivos propostos pela Educação: “a entrada no Ensino Fundamental é um marco na vida de qualquer criança”.
“Entram em cena desafios como o aprendizado de diversos conteúdos escolares e a convivência com colegas mais velhos na hora do lanche”, explica o diretor, para quem “as brincadeiras, tão presentes na educação infantil, começam a perder espaço à medida que a hora de estudar ganha importância”.
“A transição do primeiro segmento para o segundo do Ensino Fundamental pode ser difícil para vários alunos, tenham síndrome de Down ou não”, pontua Luiz Augusto, sugerindo: “uma atitude positiva, por parte da escola que recebe o aluno, é essencial; além disso, um plano de transição precisa ser elaborado para que a trajetória escolar do aluno seja a mais tranquila possível”.