Os livros são de diversos autores e o projeto tem ajudado também na independência das crianças Foto Mariane Pessanha

Campos – Nem tudo que parece mais nada valer pode ser considerado imprestável, diante do espírito da criatividade humana; o projeto “geladoteca” é um exemplo, chancelado por ume professora da rede municipal de Campos dos Goytacazes (RJ), que decidiu transformar um “esqueleto” de geladeira em microbiblioteca.
Ao tornar público o inusitado, a Secretaria de Comunicação do governo municipal definiu como sendo um universo de ideias e de conhecimentos guardados em uma geladeira antiga: “pode parecer estranho, mas um olhar mais atento percebe que o eletrodoméstico, nesse caso, não é só um objeto, é a porta de entrada para muitos alunos da rede municipal terem acesso ao conhecimento”, pontua.
Segundo a postagem, o “geladoteca” tem sido implantado nas unidades reaproveitando geladeiras que não servem mais para o uso doméstico. “Na Escola Branca Peçanha Ferreira, Parque Eldorado, o projeto começou em 2018 e foi retomado este ano”, reforça a diretora Neilce Faquer.
“A ideia nasceu de uma professora que pediu para usar uma geladeira antiga para colocar livros”, diz Neilce Faquer, avaliando: “a 'geladoteca' é mais um instrumento pedagógico que conseguimos criar em nossa escola, para estimular a leitura e entretenimento de nossos alunos; a criança sai do espaço da sala de aula e se ‘alimenta’ dos livros escolhidos por eles”.
A diretora ressalta que quando o aluno abre a geladeira e encontra vários tipos de leitura, que vai do gibi a obras de Monteiro Lobato e outros autores renomados da literatura: “então, abre-se o leque de interesse no mundo do aprender”, comenta, apontando que a unidade escolar dirigida por ela conta com duas “geladotecas”.
“Pintadas com tintas coloridas, uma delas tem escrito na porta Você tem fome de quê?”, pontua Neilce Faquer; na opinião dela, o projeto ajuda também na independência das crianças: “o que não falta são ideias para melhorar ainda mais a “geladoteca” e incentivar a criatividade”, revela, acentuando: “estamos realizando rodas de conversa com os alunos e incentivando o debate de ideias a partir das histórias que leram”.