Em torno de um terço de nossas vidas, passamos dormindo, quando nos restauramos física e espiritualmente. E é aí que acontecem algumas experiências extraordinárias. O sonho é a lembrança dos fatos, dos acontecimentos ocorridos durante o sono. E não representam uma fantasia das nossas almas.
O sono liberta parcialmente a alma do corpo, já que o espírito jamais está inativo. É quando podem ocorrer as lembranças do passado e, às vezes, a previsão do futuro, adquirindo mais liberdade de ação. Nessas ocasiões, podemos entrar em contato com outros espíritos encarnados ou desencarnados, destaca Edvaldo Kulchesky. Quando dormimos, nossas almas procuram espíritos superiores que estudam, trabalham e nos dão conselhos.
O espírito, ao se desligar parcialmente do corpo, vê-se envolvido pela onda de imagens e pensamentos de sua própria mente, num turbilhão de energias e ondas vibrando sem cessar. Nos sonhos comuns, quase não há exteriorização perispiritual. O sonho é puramente cerebral, simples repercussão de nossas disposições físicas ou de nossas preocupações.
Os sonhos comuns são o reflexo de impressões e imagens arquivadas no cérebro durante o dia. É quando o espírito flutua na atmosfera sem se afastar muito do corpo. Ele ‘mergulha’, diz Kulchesky, no oceano de pensamentos e imagens que povoam a sua memória.
Nos sonhos reflexivos, a alma abandona o corpo físico, ligando o espírito com fatos e paisagens remotos, desta e de outras existências que podem ter ocorrido há séculos e milênios que ficam gravados em nossas memórias. As entidades espirituais poderão revivenciar acontecimentos de outras vidas, cujas lembranças nos tragam esclarecimentos, lições ou advertências.
Já nos sonhos espíritas, há uma ampla exteriorização do perispírito. Léon Denis chama esses sonhos de ‘profundos’ pelas suas características de emancipação da alma. Nesse tipo de sonho, a alma, desprendida do corpo, exerce atividade real e efetiva, encontrando-se com parentes, amigos, instrutores e também com os inimigos desta e de outras existências.
Isso explica, ressalta Kulchesky, porque raramente lembramos de nossos sonhos. Seria porque não sonhamos? As pessoas que não lembram dos sonhos é porque eles não foram registrados no cérebro físico. Ficaram apenas registrados no cérebro do perispírito. Quando recordamos dos detalhes dos sonhos, é porque tivemos predisposição cerebral para os registros. O fato de não lembrarmos dos sonhos não significa que não tenhamos sonhado. De fato, vivemos uma vida no plano espiritual, só que não a recordamos.
Sábado que vem, vamos detalhar os significados de alguns sonhos.
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