Veganismo ou FlexitarianismoDivulgação

No dia 22 de abril comemora-se o dia da Terra e hoje em dia, mais do que nunca, vem todo aquele questionamento do que estamos fazendo para que ela se mantenha viva e sustentável, seja em todas as esferas da vida.

É inegável que algo tenha que ser feito. E para ontem. E por nós.
É aí que a ideia do Veganismo se encaixa e muito bem.
Segundo definição da Vegan Society, é um modo de viver (ou poderíamos chamar apenas de "escolha") que busca excluir, na medida do possível e praticável, todas as formas de exploração e crueldade contra os animais - seja na alimentação, no vestuário ou em outras campos de consumo.
É ainda uma tendência sim, nem todos ainda estão cientes do que se trata e gera muita confusão, mas creio que é estilo de vida que veio para ficar e é fácil entender o porquê.
O consumo excessivo de carne vermelha está associado a riscos de saúde como problemas cardíacos, circulatórios e cânceres. “Os principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças do coração, como hipertensão arterial, diabetes mellitus, dislipidemias, principalmente triglicerídeos elevados, passam pela alimentação” é o que diz a Sociedade Brasileira de Cardiologia.
É fácil constatar que a dieta do brasileiro é rica em alimentos ultra processados, sal, açúcar e carnes em geral, quando pode, o brasileiro gosta de carne e come bem.

Ainda, no setor ambiental, segundo a ONU, o setor pecuário é o maior responsável pela erosão de solos e contaminação de mananciais aqüíferos do mundo. Também estimou que cerca de 14,5% das emissões de gases do efeito estufa oriundas de atividades humanas têm origem no setor pecuário. A maior parte do desmatamento da Amazônia tem sua origem na produção de carnes, laticínios e ovos. 97% do farelo de soja e 60% do milho produzidos globalmente são utilizados não para consumo humano, mas para virar ração para as fazendas e granjas industriais, produzindo alimentos a uma eficiência muito baixa.

E é o que explica o Nutricionista Gustavo Quadra (CRN: 19102124)  em consultório: "não é dieta, não é da moda, não é da revista, não emagrece por si só. É um estilo de vida e mudança de hábito radical e nem todos estão dispostos a isso. É não consumo de couro por exemplo. De mel, da manteiga, queijos..."
É o não uso de produtos provenientes de empresas que maltratam animais como muitas empresas cosméticas fazem testes em animais, e outras empresas de medicamentos também. É de fato todo um pensar diferentes e muitos ainda não estão preparados para esta conversa, muito menos locais públicos e comerciais que ofertam comida por exemplo.

É nessa onda que entra o Flexitarianismo. Sem largar de vez as carnes, animal, no mundo flex, as leguminosas e grãos entram no cardápio como substitutos a proteína animal, mas não de forma definitiva e absoluta. É como se fosse aquele movimento do “Segunda sem carne” numa versão mais estendida. visto que um churrasco ainda é bem-vindo — desde que com parcimônia.

O Flexitarianismo foi desenvolvido pela nutricionista norte-americana Dawn Jackson Blatner. Assim, ela propõe uma dieta baseada na mudança gradual de alimentos e estilo de vida.
Baseado também numa melhora do meio ambiente, mas o ponto principal é a dieta rica em alimentos saudáveis e as trocas promovidas por essa mudança lenta na alimentação, que traz diversos benefícios à saúde e ao planeta.
Acredito que todo radicalismo é burro e isso permeia muito minha vida. Acho que ouvir os dois lados é super importante e se tiver um terceiro melhor ainda. Soma, multiplica. Evolui. Creio também que nós, como espécie, não chegamos aqui se alimentando só de folhosos e tubérculos, é tudo evolutivo, gradual e Darwin explica melhor que eu. Só que é notório também que descontrolamos muito: a indústria alimentar, o marketing, o status quo, a busca pela prazer – que passa pela comida, enfim, tudo em excesso. e para ontem. Para agora. E só para mim.

Assim, é sempre válido se pensar sim sobre o consumo de carnes e derivados animal. O Veganismo não deixa a pessoa doente nem carente nutricionalmente se souber e tive r acompanhamento profissional sério e tampouco ser usado como forma de emagrecimento milagroso. E também não julgar aqueles que não queiram abrir mão de um “queijos e vinhos” numa sexta chuvosa, ou num churrasco de amigos da escola uma vez ao ano como propõe o mundo dos flex. Estar atento à alimentação já se sabe o quão fundamental é. E tento orientar a todos da melhor maneira e pontuar os prós e contras, desmisitificar, ponderar.
 
É sobre isso. Pensar na saúde, bem estar, na sua alimentação de forma saudável e principalmente no“nós”.
Somos o coletivo.