Artista Diego MouraReprodução do Instagram
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A polêmica começou quando os totens de arte digital pop, compostas por imagens de personalidades LGBTQIAP+, contendo textos informativos sobre o tema, foram apontados pelo vereador bolsonarista Douglas Gomes (PTC) como uma tentativa de “sexualizar as crianças”. A partir daí, relembra Diego, começou o pesadelo.
— Além de retirarem as obras do local combinado, colocaram as mensagens de texto voltadas para a parede. Toda a parte educativa foi silenciada. Senti minha voz e minha arte censuradas. Mas recebi muitas mensagens de apoio. E a partir de agora estou concentrado nesse novo projeto — diz.
Mesmo sem previsão de data para acontecer, o artista niteroiense dá uma pista da trilha que está seguindo: —Quero um trabalho que aborde as reflexões sobre o comportamento, que seja um olhar para a sociedade, com misturas de técnicas que passem pelo virtual e pelo orgânico.
O MAC destaca que Diego tem seu trabalho reconhecido dentro e fora do Brasil e faz parte do hall de artistas da cidade que se encaixam no plano museológico do espaço.
—A liberdade de expressão é um direito, e a cultura de Niterói sempre vai defender isso. Qualquer manifestação que ataque as artes deve ser veementemente repudiada — afirma o secretário das Culturas, Alexandre Santini.
O presidente da Fundação de Arte de Niterói (FAN), Fernando Brandão, segue na mesma direção:— Consideramos o momento mais do que apropriado para o convite feito pelo MAC ao artista Diego Moura, que tem todo o nosso apoio para suas criações — diz.
Diego também foi convidado a realizar a identidade visual da parada do orgulho LGBT de Niterói, que será em agosto.
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