Reprodução Internet - Beth Paz

Entrar no Largo do Boticário é um encontro com um Rio de Janeiro do passado. Os detalhes dão a dimensão da nossa história. Os bancos, os casarões, agora reformados, e o rio Carioca nos levam para vários séculos de caminhada.
Há muitos mitos envolvendo o rio Carioca. Os índios acreditavam que quem bebesse as suas águas teria benefícios estéticos, de saúde. Uma das vertentes históricas diz que a turma que nasce no Rio de Janeiro é chamada de carioca por causa desse rio.
Como pode-se imaginar, o Largo do Boticário homenageia um boticário, que era quem trabalhava com xaropes, remédios (...) O boticário, em questão, era Joaquim Luís da Silva Souto, que tinha uma loja na antiga rua Direita, hoje Primeiro de Março, no centro da cidade. Ele mudou para o Largo em 1831. Os clientes eram famosos. A família real, por exemplo, ia em peso. Na loja e no Largo. 
Ali morou o padrinho de Machado de Assis, o marechal Joaquim Alberto de Souza Pereira. Ali morou a famosa crítica teatral Barbara Heliodora, filha de Marcos de Mendonça. Ali, na década de 1920, Edmundo Bittencourt, fundador do Correio da Manhã, um dos jornais mais importantes da história do Brasil, comprou o terreno e começou a construir casas no estilo neocolonial.
Em poucas linhas, o leitor já entende o peso simbólico desse lugar. A venda fica muito mais fácil. Há narrativa histórica que gera curiosidade e interesse. Pensando também nesse fato, uma rede de hotéis entrou em uma verdadeira batalha para comprar e revitalizar os casarões.
O resultado, à distância, impressiona e nos dá a dimensão o quanto o Rio seria diferente se preservássemos o nosso passado.
Não precisa ter bola de cristal para entender que turistas, em especial aqueles que estão acostumados à conviver com a história, irão olhar com atenção a experiência de se hospedar em um lugar com tanta importância. É assim na Europa e na Ásia, por exemplo.
Tomara que a moda pegue, estendendo para restaurantes, bares e prédios. Tomara.
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Vídeo sobre o antigo Largo
Fiz um vídeo há algum tempo mostrando o Largo do Boticário e trazendo outras curiosidades.
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Congresso de Jornalismo no Circo
Diretor do Circo Crescer e Viver Junior Perim (de boné) recebendo jornalistas brasileiros e diretores do Instituto Prensa y Sociedad, do Peru  - Divulgação
Diretor do Circo Crescer e Viver Junior Perim (de boné) recebendo jornalistas brasileiros e diretores do Instituto Prensa y Sociedad, do Peru Divulgação
Se tem um negócio que a coluna adora é dar boa notícia.
Em novembro de 2022, o Circo Crescer e Viver vai ser palco da vigésima edição do congresso de jornalismo organizado pelo Instituto Prensa y Sociedad, de Lima, Peru.
O Instituto é famoso por contribuir na qualificação dos jornalistas na América Latina.