O Papa Francisco tem dedicado as suas catequeses semanais para refletir o sentido e o valor da velhice. Sua intenção é encorajar todos a investirem os seus pensamentos e afetos nos dons que ela tem em si e proporciona às outras idades da vida. A velhice é um presente para todos, é um dom de maturidade e de sabedoria.
Há alguns anos esta idade da vida diz respeito a um verdadeiro “povo novo” que são os idosos. Nunca foram tão numerosos na história da humanidade, mas o risco de serem descartados é ainda mais frequente, pois os idosos são frequentemente vistos como um peso.
A juventude é bela, mas a eterna juventude é uma alucinação perigosa. Ser velho é tão importante – e belo – como ser jovem. A aliança entre as gerações, que restitui ao humano todas as idades da vida, é uma dádiva. É um dom de maturidade e de sabedoria. O importante não é apenas que o idoso ocupe o lugar da sabedoria que tem, de história vivida na sociedade, mas também que haja diálogo, que fale com os jovens.
Os jovens devem dialogar mais com os idosos, e os idosos com os jovens. E esta ponte será a transmissão de sabedoria à humanidade. Não esqueçamos que tanto na cultura familiar como na social os idosos são como as raízes da árvore: têm toda a história ali, e os jovens são como as flores e os frutos. Se o sumo não vier, se não tiver este soro das raízes, nunca poderão florescer.
Tudo o que uma sociedade tem de bom está relacionado com as raízes dos idosos. Não podemos nos esquecer de cuidar dar das nossas raízes!
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