Hoje celebramos o Dia Mundial do Meio Ambiente. É tempo de refletir e agir sobre o cuidado com a criação. Sete anos depois da primeira Encíclica do Papa Francisco (Laudato Si), vemos que longe de melhorar no que diz respeito ao cuidado da casa comum, a situação piora e que nossa Casa está cada vez mais fragilizada.
Mesmo diante de catástrofes naturais cada vez mais frequentes, de fenômenos climáticos cada dia mais extremos, parece que não queremos enxergar. O Papa insisti para que todos colaborem, como instrumentos de Deus, no cuidado da criação. Cada um a partir da sua cultura, experiência, iniciativas e capacidades.
A crise ecológica impele a uma profunda conversão espiritual, pois, de fato, somos os guardiões da obra de Deus. O urgente desafio de proteger a nossa casa comum inclui a preocupação de unir a todos na busca de um desenvolvimento sustentável e integral.
Quando falamos de meio ambiente, fazemos referência também a uma particular relação entre a natureza e a sociedade que a habita. Isto impede de considerar a natureza como algo separado de nós. Estamos incluídos nela, somos parte dela.
As razões, pelas quais um lugar se contamina, exigem uma análise do funcionamento da sociedade, da sua Economia, do seu comportamento, das suas maneiras de entender a realidade. É fundamental buscar soluções que considerem as interações dos sistemas naturais entre si com os sistemas sociais.
Não há duas crises separadas: uma ambiental e outra social; mas uma única e complexa crise socioambiental. As diretrizes para a solução requerem uma abordagem integral para combater a pobreza, devolver a dignidade aos excluídos e, simultaneamente, cuidar da natureza.
É urgente a renovação do diálogo sobre a maneira como estamos construindo o futuro do planeta. Que Deus nos dê as forças e a luz de que necessitamos para prosseguir.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.