A liberdade é um dos bens mais apreciados e procurados pelo homem contemporâneo. Todos desejam ser livres, não sofrer condicionamentos, nem limitações; por isso aspiram se libertar de qualquer tipo de prisão: cultural, social, econômica. No entanto, muitas pessoas carecem da liberdade maior: a liberdade interior.
O Apóstolo nos lembra que esta é primariamente um dom, quando exclama: “Foi para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gal5, 1). A liberdade nos foi dada. Nascemos com muitos condicionamentos interiores e exteriores e, sobretudo, com a tendência para o egoísmo, isto é, para nos colocarmos no centro e privilegiar os nossos próprios interesses.
Porém, ao formar uma família, com a graça de Cristo, é feita a corajosa opção: não usar a liberdade para proveito próprio, mas para amar as pessoas que Deus colocou junto de nós. Não há planetas ou satélites, movendo-se cada qual pela sua própria órbita. A família é o lugar do encontro, da partilha, da saída de si para acolher o outro e estar junto dele. A família é o primeiro lugar onde se aprende a amar.
Ao mesmo tempo em que reafirmamos com grande convicção tudo isto, sabemos que na realidade não é sempre assim. Por isso, justamente enquanto afirmamos a beleza da família, sentimos mais do que nunca que devemos defendê-la. Não deixemos que seja poluída pelos venenos do egoísmo, do individualismo, da cultura da indiferença e do descarte.
Quando Jesus chama ao matrimônio e à família, pede para se olhar em frente, e sempre nos precede no caminho, no amor e no serviço. Quem O segue, não se decepciona.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.