Qualidade do Ardivulgação IEMA
No Rio, o quadro mais agudo é registrado em Macaé. Os habitantes dessa cidade do litoral norte-fluminense respiraram por 88 dias, quase 3 meses, quantidade de ozônio acima do recomendado pela Organização Mundial de Saúde. Os poluentes do ar têm efeito agudo e crônico na saúde. As pessoas podem desenvolver doenças desde complicações do sistema respiratório, como asma e bronquite, até sofrer envelhecimento precoce.
Quanto mais perto uma pessoa vive ou trabalha de uma via de alto tráfego, mais ela respira esse ar contaminado. Vale lembrar que em abril deste ano a OMS atualizou seu banco de dados sobre a poluição mundial. Aqui no Brasil, a qualidade do Ar é compilada pelo Instituto de Energia e Meio ambiente que alimenta a base mundial com dados sobre o país. O IEMA é uma organização brasileira sem fins lucrativos, fundada em 2006.
Macaé: ponto mais crítico do Rio
Segundo o Instituto de Energia e Meio ambiente, essa foi última marca registrada na estação Fazenda Severina responsável pelo monitoramento daquela região. Os medidores ficam localizados nas proximidades das duas usinas termelétricas que lá operam. Com a previsão da expansão de termelétricas no município, os moradores e os visitantes poderão sofrer ainda mais de doenças crônicas causadas pela inadequada qualidade do ar.
Respiração difícil em São Paulo
A capital paulista segue pelo 22º ano consecutivo com poluição acima do recomendável. Entre os principais poluentes: material particulado, ozônio e dióxido de nitrogênio, conforme mostra nova análise do Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA). Em alguns pontos chegou até quatro vezes acima do máximo permitido pela OMS. E ao contrário do esperado, os impactos não diminuíram durante o período de pandemia, quando houve uma redução das atividades. Curiosamente, até aumentou, como o caso do ozônio entre 2019 para 2020.
“O objetivo da nossa nota técnica é alertar a necessidade de se reduzir as emissões de poluentes em São Paulo. Para isso, precisa-se reduzir radicalmente a circulação de veículos na cidade, investindo em transporte público e transporte ativo”, explica o gerente de projetos do IEMA, David Tsai.
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