Cachorro com jornalFoto de divulgação

As pessoas estão dispostas a pagar até 20% a mais por produtos que respeitem o meio ambiente. O curioso é que essa consciência se estende na hora de optar por artigos para os melhores amigos. Ou seja, o mercado Pet caminha para a sustentabilidade.
Essa tendência ganha ainda mais relevância se levarmos em consideração de que esse segmento é um dos que mais cresce no Rio de Janeiro. Nem mesmo a Covid 19 foi capaz de frear esse avanço.

Aumento com a pandemia

A pandemia não inibiu esse nicho. Muito pelo contrário. O isolamento e o home office fizeram crescer os mimos com seus bichos. Nesses últimos dois anos, as adoções cresceram em 30% - de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal, assim como os gastos com os filhos de quatro patas.
E essa proporcionalidade reflete diretamente nos negócios. Segundo informações do Sebrae-Rio, entre janeiro a julho de 2021, foram abertas mais empresas especializadas em animais de estimação do que todo o ano de 2020.

Crescimento sem coleira no Rio
Pela pesquisa do GEOpop Consumer, o Rio conta com 6.500 negócios voltados para esse nicho, empregando diretamente 2.300 pessoas no estado. Na Cidade Maravilhosa, a Zona Sul impera neste segmento. A campeã em estabelecimentos específicos é Copacabana com 23,19%. Em seguida: com 15,22% - Botafogo, 7,61% - Gávea, 7,43% - Ipanema, 7,43% - Leblon, 7,25% - Laranjeiras, 6,70% - Flamengo, 5,62% - Jardim Botânico e 3,80% - Catete.

Cães ou gatos? Cresce procura pelos felinos
O aumento das moradias em apartamentos, espaços menores e o comportamento independente, podem ser alguns dos motivos que fazem aumentar a opção por gatos, embora o Instituto Qualibest aponte que os caninos ainda são os preferidos em números absolutos, representando 80% contra 38% de felinos.
Porém, mostra que os brasileiros estão cada dia mais "gateiros". Com isso, a adoção cresceu mais do que o dobro de cachorros. Já são mais de 22 milhões no país. A expectativa é ultrapassar 30 milhões até o final do ano, segundo dados do IBGE.
Já a Cartilha Pet elaborada pelo Sebrae, também registrou esse comportamento. O material classifica ainda que os “pais” de gatos são mais exigentes do que os de cães no consumo maior de produtos e serviços especializados.

Bichos verdes

No mundo atual, onde as pessoas buscam por uma vida mais natural, sustentável e de menor impacto ao ambiente, por que não estender esse estilo ao melhor amigo? Entre os humanos, sete em cada dez brasileiros afirmam que levam em consideração em suas compras, as empresas e produtos responsáveis.
Por isso, vem crescendo a busca por essa "pegada". Diante disso, o Mercado Pet aposta nos ecológicos, visando uma maior harmonia com o ambiente, longevidade e qualidade de vida para os bichos.

Nanotecnologia
Uma das novidade é a aplicação da nanotecnologia na indústria Pet, cuja aplicação reduz o uso de matérias primas, a poluição, consome menos energia, além de oferecer mais qualidade de vida aos animais usuários. A pioneira aqui no Brasil é Dog´s Care.
"Como esses produtos são extraídos de ervas e óleos essenciais e livres de toxinas, eles aumentam longevidade e qualidade de vida dos pets ao evitarem o aparecimento de doenças no futuro", explica Carolina Vaz, fundadora da marca.
As nanopartículas tem como uma das características a absorção de metais e substâncias orgânicas ao reagirem com a luz ultravioleta. Com essa reação química conseguem remover poluentes da água e do solo, quando descartadas. Também em alta neste mercado, as recicláveis sacolinhas coletoras de fezes oxibiodegradável. A Biobag se decompõe se for abandonada na natureza. Já o ecotapete dura três vezes mais. O curioso é que ele imita fielmente o papel jornal que os animais tanto gostam.
Mas não basta investir na tecnologia verde apenas nos produtos. Sabemos que outro grande impactante ao meio ambiente é a embalagem. Por isso, a Botupharma, investe na linha de suplementos Food Dog com 90% menos plástico. A empresa ainda lançou seu próprio selo de sustentabilidade e instalou painéis solares em sua base industrial, evitando assim a emissão de 19,5 toneladas de CO2 por mês.
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