Batata Frita de Marechal Hermesreprodução Mídias Sociais
Devido ao aumento da conscientização e a busca por uma alimentação mais saudável, não faltam na internet receitas alternativas, assim como restaurantes mais naturalistas tentando atrair o público com preparos mais leves. A maioria, substituindo o óleo por outras formas de preparo. As principais são assadas em fornos, micro-ondas ou em panelas do tipo airfryer. Tanto, que os fabricantes e vendedores desses eletrodomésticos utilizam justamente a batata frita como garota-propaganda na maioria das campanhas publicitárias e fotografias de divulgação.
No entanto, muitos preferem a receita raiz nas várias maneiras de consumir: Sozinha, como tira-gosto, acompanhada com bife, com peixe, com frango, com ovo, com hambúrguer e de várias outras formas. Os mais liberais também permitem misturas com molhos, queijos e condimentos.
Batata de Marechal: a estrela
Os fãs tradicionais ainda não pararam de comemorar o título de Patrimônio Cultural Material do Rio de Janeiro, para a internacional Batata de Marechal Hermes. É comercializada há três décadas por Ademar Barros Moreira em uma barraquinha próximo à estação de trem. São fritas até 25 toneladas por mês. O recorde histórico ocorreu durante a Olimpíada no Rio de Janeiro, em 2016, quando vendeu 1,4 toneladas em apenas um dia de competição.
A fama veio pela fartura. As porções são tão grandes que vem servida em quentinhas, baldes e até sacos plásticos. O tamanho família chega a três quilos! O sucesso ultrapassou fronteiras. Não são raras as visitas de turistas estrangeiros e brasileiros ao bairro da Zona Norte só para provar.
O petisco entrou no território nacional pelas mãos dos colonos espanhóis. Mas a sua paternidade mundial é disputada pela Bélgica e a França. Já rendeu até ações judiciais. E quem criou essa confusão, digna de teste de DNA no Programa do Ratinho, foram os Estados Unidos. É que os americanos batizaram a iguaria em seu território de “french-fried”.
Enquanto não fica pronto esse teste de paternidade, ninguém tira dos Belgas outra marca ligada à iguaria: o de maior consumidor. Segundo pesquisa feita pelo país, 52% da população da Bélgica come batata todos os dias da semana. Assim como em Marechal Hermes, é vendida até em barraquinhas, tipo de camelôs, espalhadas pelas ruas. São servidas em cones de papel. Esse país europeu possui até um museu inteiramente dedicado a elas.
Ações na internet e nas ruas para marcar a data
Batatinha frita, 1,2...3
Uma brincadeira de rua que perpassa por gerações tem o nome inspirado neste prato. Uma pessoa de costas faz a contagem e quando vira, pune quem não “virar estátua”. Esse jogo foi muito comum entre as décadas de 60 e 90 e agora, redescoberto por aqui, graças a popularidade de uma série da Netflix.
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