Conselho Curador do FGTS aprovou a nova curva de descontos para imóveis do programa Casa Verde e AmarelaFreepik

O Conselho Curador do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) reajustou ontem o valor do subsídio (desconto) para os imóveis do Casa Verde e Amarela. No Rio de Janeiro, por exemplo, para um morador com renda até R$ 1,8 mil, o abatimento passará de R$ 31.557 para R$ 39.956. Se a renda desse mesmo trabalhador fosse de R$ 3 mil, o desconto aumentaria de R$ 3.776 para R$ 7.044.
Já para uma família que mora em Natal (RN) e que tem renda média de R$ 1,8 mil, a redução na compra do imóvel passa de R$ 25.464 para R$ 32.241. Para outra família, na mesma cidade, mas com salário mensal de R$ 3 mil, o abatimento na entrada sobe de R$ 2.953 para R$ 5.505.
Com essa medida houve uma recuperação do poder de compra dos participantes do programa que vinham sendo impactados pelo forte aumento nos custos de construção e pela queda no rendimento das famílias. A afirmação é da Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), que participou ativamente das discussões com a Secretaria Nacional de Habitação, do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) para implantação dessa nova curva do acesso ao programa de moradia.
O orçamento de descontos será de R$ 8,5 bi por ano de 2022 a 2024, o que deve ampliar o número de unidades contratadas em 16% neste ano, 23% em 2023 e 32% em 2024, segundo estimativas do MDR. "O aumento do subsídio permitirá que mais famílias acessem o programa Casa Verde e Amarela, o que favorece o combate ao déficit habitacional, hoje na casa dos 7,8 milhões de moradias. Entretanto, novos ajustes terão de ser feitos para compensar o aumento das despesas domésticas das famílias e a própria inflação da construção, impactada pelo aumento de custos das obras", comenta Luiz França, presidente da Abrainc.