Após cenas de violência da PM em Cabo Frio, deputada denuncia e rappers protestam
Renata Souza (PSOL) oficiou a Polícia Militar e jovens fazem protestos. Na última sexta-feira (6), ocorreu um ato na própria comunidade, e nesta terça-feira (10), acontecerá nova batalha de rima com manifestação, na Praia do Forte
Donas de casa e mães participaram da manifestação contra violência policial em Cabo Frio - Renata Cristiane
Donas de casa e mães participaram da manifestação contra violência policial em Cabo FrioRenata Cristiane
Não mexe com quem está quieto. Ditado antigo que se aplica bem no episódio que aconteceu na última semana em Cabo Frio, quando uma guarnição da PM entrou atirando e "tocando o terror" na juventude e crianças que participavam de uma “rinha de rima” promovida por rappers da comunidade do Manoel Corrêa. Tal episódio só atiçou o formigueiro. Tanto é assim, que nesta terça-feira (10), tem nova Batalha de Rima, só que desta vez, será na Praia do Forte, no ponto mais nobre da cidade. Com direito a live e novo ato de protesto por conta do terrível episódio de truculência policial da última quinta (5). Os organizadores chegaram a realizar um protesto na sexta-feira (6) que reuniu donas de casa, mães, jovens militantes entre outros. Confira no vídeo.
DEPUTADA COBROU AUTORIDADES
Aliás, a repercussão ecoou nacionalmente. Enquanto alguns veículos de comunicação da Região dos Lagos se recusaram a divulgar os absurdos do abuso de autoridade da Polícia Militar, a matéria foi destaque na imprensa nacional como O Dia, Mídia Ninja, UOL, Folha de São Paulo e Notícia Preta. A deputada estadual Renata Souza (PSOL), integrante da Comissão de Direitos Humanos da Alerj, e combatente na luta contra os abusos cometidos pela polícia aos moradores das favelas do Rio, se posicionou diante do fato e disse que providências estão sendo tomadas. "PMs dispararam contra uma batalha de rima em Cabo Frio. As imagens são chocantes: uma roda cultural, com crianças e rappers fazendo sua arte foi covardemente atacada. Basta de perseguição à nossa cultura negra e de periferia. Mandamos um ofício à Secretaria da PM e ao Batalhão da área pedindo explicações. Estamos tomando as ações cabíveis!", disse ela em seu perfil.
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