Vereador da oposição denuncia funcionários fantasmas na prefeitura de Cabo Frio
O vereador do MDB cabo-friense participou do 26º podcast em parceria com O Dia, nesta quinta-feira (25), quando também falou da conivência de José Bonifácio na degradação ambiental, da falta de transparência no investimento em melhorias na cidade e do PCCR
Vereador cabo-friense Roberto Jesus (MDB) - Renata Cristiane
Vereador cabo-friense Roberto Jesus (MDB)Renata Cristiane
O vereador cabo-friense Roberto Jesus (MDB) foi o convidado do 26º RC Cast, transmitido nesta quinta-feira (23). Jesus está no primeiro mandato e é considerado um dos vereadores mais atuantes do município. Militar reformado, tem 45 anos, é casado e pai de dois filhos. O interesse pela vida pública apareceu quando ainda fazia a faculdade de Direito e hoje é um fiscalizador incansável dos atos do executivo.
Falando nisso, o vereador disse com todas as letras que a prefeitura de Cabo Frio "tem funcionários fantasmas, sim". "Teve inclusive um médico que acabou confessando a mim que tinha vínculo com a Prefeitura mas não cumpria jornada de trabalho", contou.
Jesus criticou, ainda, a falta de transparência sobre o que é investido na cidade e disse que o orçamento desse ano vai ultrapassar o R$ 1,2 bilhão previsto. "Em agosto já bateu os R$ 900 milhões. Esse ano deve bater R$ 1,5 bilhão", completou ele, que também se disse contrário ao Plano de Cargos e Salários proposto pelo executivo municipal.
Ainda sobre o governo do prefeito José Bonifácio (PDT), falou que a moeda social Itajuru, lançada este ano, estaria sendo usada como ferramenta política e "não está chegando a quem realmente precisa".
Jesus é presidente da comissão de Meio Ambiente da Câmara e criticou Zé mais uma vez, que vetou a instalação de um sítio arqueológico como medida compensatória ambiental nas imediações do shopping Park Lagos, sem pelo menos abrir um diálogo ou sequer comparecer às audiências públicas do segmento. "Concordo com o prefeito que ele tem que investir no segundo distrito, no Parque do Mico, mas isso não atrapalha em nada. Se ele tomar conta dos funcionários fantasmas, dá para fazer", disparou.
O parlamentar falou, ainda, sobre o indeferimento de sua candidatura a deputado estadual. "Chorei muito, mas o baque foi maior quando vi minha família chorando (...) Fui indeferido mas cabia recurso. Contudo o desgaste foi muito grande, não quis recorrer, até porque não era garantido, então desisti".
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