Plenário da Câmara dos Vereadores do Rio - Renan Olaz/DIVULGAÇÃO CMRJ
Plenário da Câmara dos Vereadores do RioRenan Olaz/DIVULGAÇÃO CMRJ
Por PALOMA SAVEDRA

Rio - As categorias do funcionalismo municipal do Rio vão pressionar o Legislativo e a prefeitura para a retirada do projeto de taxação de inativos que está na Câmara dos Vereadores. O Movimento Unificado dos Servidores Públicos do Município (Mudspm) não abre mão de insistir que o governo recue com o projeto que institui a cobrança de alíquota previdenciária de 11% sobre aposentados e pensionistas que ganham acima de R$ 5.645,80 (teto do INSS).

Lideranças do grupo irão procurar a Presidência da Câmara para pedir uma reunião com o chefe do Legislativo, vereador Jorge Felippe (MDB). Além disso, os representantes dos servidores têm se reunido com o Executivo, e, agora, pretendem intensificar os pedidos pela desistência do projeto.

Para Marta Moraes, integrante do Mudspm e do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe-RJ), ainda que o município comprove as dificuldades financeiras na previdência, o servidor "não pode ser prejudicado". O grupo vem reivindicando que o Executivo adote ações que não afetem funcionários ativos, aposentados e pensionistas.

"Essa medida, na verdade, penaliza o funcionalismo público. Se há problemas na previdência municipal, se a prefeitura alega falta de recursos suficientes no fundo municipal tem que encontrar outras maneiras para resolver essa situação sem afetar os servidores, que a vida toda contribuíram (para a previdência)", declarou Marta.

A taxação de aposentados e pensionistas é um dos itens que compõem a reforma na previdência do Rio. A primeira ação adotada para as alterações foi a publicação, em março deste ano, de decreto que revogou outro, de 2003, do então prefeito Cesar Maia. Com isso, o atual prefeito Marcelo Crivella determinou o fim da integralidade (aposentadoria no valor do último salário de quando o servidor estava na ativa) e da paridade, alegando o cumprimento de regras constitucionais.

O decreto também estabeleceu a cobrança de contribuição previdenciária (desconto de 11%) dos servidores que têm abono-permanência - o benefício é pago a quem já cumpriu os requisitos para se aposentar mas decidiu continuar trabalhando.

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O Mudspm pedirá o posicionamento da prefeitura sobre o abono-permanência. O grupo tenta agendar nova reunião com o secretário da Casa Civil, Paulo Messina. A que ocorreria na semana passada teve que ser novamente adiada em virtude da agenda na prefeitura e do falecimento do vice-prefeito Fernando Mac Dowell. As lideranças do movimento tentarão marcar um encontro para esta semana.
 
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Abono-permanência
O abono, aliás, é outro item da pauta do funcionalismo. Pela Constituição Federal, o valor do "abono de permanência" pago aos servidores é equivalente ao desconto previdenciário deles. Mas o município tem lei própria que criou o "abono-permanência" em valor maior do que o previsto pela regra constitucional. E, hoje, a prefeitura estuda modificar a lei e ampliar o benefício a mais funcionários que decidiram não se aposentar.
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