A redução de jornada e salário de servidores públicos em períodos de crise financeira (prevista na PEC emergencial que está no Congresso) e a reforma administrativa que o governo de Jair Bolsonaro enviará ao Parlamento estão no centro das atenções do funcionalismo. E as categorias querem intensificar as conversas (e a pressão) com parlamentares para frear essas medidas, sendo que o corte salarial é o maior motivo das preocupações.
Somado a isso, representantes dos servidores querem abrir um canal de diálogo com governistas para conter projetos que, segundo o conjunto das categorias, significam "perda de direitos".
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A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial é uma das previstas no Plano Mais Brasil, que engloba outros projetos (todos com a finalidade de enxugar despesas obrigatórias, como vencimentos dos funcionários públicos).
Já a PEC da reforma administrativa ainda será encaminhada ao Congresso. No entanto, já vem recebendo forte apoio do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O projeto vai reformular regras do serviço público e abrir caminho para outros projetos mais específicos serem enviados ao Legislativo.
Paralisação
Enquanto tentam dialogar com o Executivo e parlamentares (não só sobre a reforma, mas em especial sobre os cortes de vencimentos), as categorias já estão se mobilizando para fazer uma paralisação em 18 de março (quando será o Dia Nacional de Luta em Defesa do Serviço Público), como já indicado pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe).
Equipe econômica: "último recurso"
Em entrevista à coluna na edição de 6 de janeiro, o secretário nacional de Gestão e Desempenho de Pessoal, Wagner Lenhart, declarou que a redução de jornada com a consequente diminuição de vencimentos será o "último recurso" de um ente em crise.