A PEC da reforma administrativa, entregue na quinta-feira pelo governo ao Congresso, já mobiliza todos os setores. Categorias do funcionalismo criticaram duramente o texto, classificando as medidas ali previstas como o pontapé para a precarização do serviço público. Parlamentares contrários também estão se organizando com as entidades de servidores para apresentar emendas que modifiquem os itens propostos, como o fim da estabilidade para futuros funcionários - considerado o pilar do projeto.
Mas também há um movimento forte pró-reforma, capitaneado pelo coordenador da Frente Parlamentar da Reforma Administrativa, deputado Tiago Mitraud (Novo-MG).
Mal a proposta havia chegado no Legislativo, ele e outros parlamentares começaram a articular alterações no texto para que a extinção de benefícios (como triênio e licença-prêmio) já alcance atuais servidores.
Esse grupo de parlamentares a favor da PEC também tenta integrar ao texto projetos que tramitam no Congresso, como o de autoria do Rubens Bueno (Cidadania-PR), que impede o pagamento acima do teto (R$ 39,2 mil) no setor público.