Ministro da Economia, Paulo Guedes participa de audiência da comissão especial que analisa a PEC 32Reprodução

Por PALOMA SAVEDRA
A comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa a reforma administrativa (PEC 32/20) discute o texto nesta quarta-feira com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Na audiência, Guedes defendeu a avaliação de desempenho para a melhoria do serviço público. Segundo ele, isso "não é perseguir funcionários", mas uma demanda da população, assim como a modernização do setor para garantir mais produtividade.
De acordo com o ministro, os próprios profissionais do serviço público vão apontar a melhor forma de avaliação do funcionalismo. "Os servidores juntos são como um time. O próprio time é que avaliando e vai dizer: esse eu não recomendo que ganhe a estabilidade", disse.
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Guedes ressaltou que as regras dos atuais servidores estão sendo preservadas e rebateu críticas de que a PEC 32 vai fragilizar o serviço público, com brechas para mais contratações de comissionados. "Não queremos fragilizar o serviço público, pelo contrário", afirmou.
O texto extingue a garantia de estabilidade para futuros funcionários públicos, mantendo essa prerrogativa apenas para as carreiras de Estado - aquelas exercidas apenas no setor público, sem parâmetros na iniciativa privada -, que ainda serão definidas por lei específica.
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Sobre a modernização da administração pública, o ministro da Economia reafirmou sua intenção de investir na digitalização de serviços. Ele citou como exemplo o modelo de prova de vida digital implementado recentemente pelo INSS.
A digitalização, inclusive, já foi apontada diversas vezes por Guedes e integrantes da equipe econômica do governo federal como solução para os cargos que ficarão vagos devido a aposentadorias - ou desligamentos por outras razões - em substituição a novos concursos. 
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Nesta quarta-feira, Guedes voltou a falar sobre isso. Segundo o titular da pasta, se o governo contratar pessoal por concursos públicos não conseguirá reajustar salários. 
Segundo ele, se todo ano o governo ficar contratando por concursos públicos "20, 30 mil pessoas", não haverá como aumentar salários. "Se botar tecnologia, a produtividade é maior e salário pode ser maior", argumentou.
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'MINHAS AMBIÇÕES ERAM MAIORES'
O ministro afirmou ainda que a reforma apresentada pelo governo não reproduz o projeto que ele idealizou inicialmente: "Cheguei aqui com ambições muito maiores, mas fui aprendendo".
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"Por exemplo, chegando no início, a minha visão era: vamos mudar, inclusive se for o caso entrar nessas questões de salários, direitos e estabilidade para fazer uma reforma realmente radical. Aí quando você chega aqui vai vendo que é um mundo que tem suas regras, ordenamento... Promessas foram feitas e começa a compreender que não precisa mexer no passado".