Amigos buscam ajuda para encontrar família de rapaz que ‘morava’ sob marquise de mercado na Baixada
Resgatado há 3 meses por um grupo de evangélicos, jovem tem deficiência intelectual e está sem documentos
Jovem que sofre de deficiência intelectual foi resgatado por um grupo de evangélicos quando dormia sob a marquise de um supermercado, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense - Arquivo Pessoal
Jovem que sofre de deficiência intelectual foi resgatado por um grupo de evangélicos quando dormia sob a marquise de um supermercado, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense Arquivo Pessoal
Há cerca de 3 meses, amigos tentam encontrar a família de um jovem, em situação de rua, que foi resgatado, por um grupo de evangélicos, quando dormia sob a marquise de um supermercado, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
O jovem, que aparenta ter deficiência intelectual, apresenta transtorno na fala e escuta com dificuldade. Ele está sem os documentos e se comunica apenas por gestos. “Batizado” provisoriamente com o nome de Pedro, o rapaz não tem informações sobre seus familiares.
Desde que foi recolhido das ruas, Pedro está abrigado na casa do vendedor de empadas e missionário Jorge Palmeiras, de 45 anos, em São João de Meriti. “O encontramos atrás do mercado, debilitado e desnutrido. Agora, estamos pedindo ajuda para encontramos os familiares, já que aparenta estar perdido e precisa de tratamento”, disse o missionário.
Defensoria Pública solicitou emissão de registro
Na última segunda-feira, o caso do rapaz foi encaminhado à Defensoria Pública de São João de Meriti, que solicitou a emissão de um registro tardio para o jovem. O documento é a porta de entrada para a vida civil da pessoa, sem o qual não será possível acessar direitos fundamentais básicos como identificação, educação, saúde e programas sociais.
"Como ressaltamos, sempre, a documentação é fundamental na prevenção aos desaparecimentos, seja de criança, adolescentes ou de pessoas com alguma deficiência. Registro Civil de Nascimento é uma necessidade vital de todos os indivíduos, encontrando abrigo no princípio da dignidade da pessoa humana, o qual é fundamento do Estado Democrático de Direito”, explica Luiz Henrique de Oliveira, gerente do Programa SOS Criança Desaparecida da Fundação para Infância e Adolescência (FIA)
“O documento, entre outras finalidades, possibilita a criação de um ‘nome provisório’ e fundamentará todo o processo judicial para posterior identificação”, explica a defensora pública Sabrina Azevedo Castro de Carvalho.
Informações- Quem reconhecer o rapaz pode fazer contato com o Programa SOS Criança Desaparecida da Fundação para Infância e Adolescência (FIA), que disponibiliza os contatos (2286-8337/98596-5296) ou para o Setor de Descobertas de Paradeiros na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), que deixa à disposição da população o telefone (21) 98596-7442 (whatsapp) e ressalta a importância da colaboração com informações e denúncias, com garantia de total anonimato.
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