Grande Rio tenta bicampeonato com enredo que homenageia Zeca PagodinhoPedro Ivo/ Agência O Dia

Rio - Seis escolas abrem neste domingo (19) os desfiles do Grupo Especial da Marquês de Sapucaí, a partir de 22h. A primeira noite de apresentações terá homenagens a Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho, enredos nordestinos e inspiração em Joãosinho Trinta. As agremiações têm entre 60 e 70 minutos para se apresentar. Na segunda-feira, será a vez das demais seis escolas passarem pelo Sambódromo.
As seis mais bem colocadas retornam à Avenida no Sábado das Campeãs, dia 25 de fevereiro. A agremiação que ficar em 12º lugar, cai para a Série Ouro, enquanto a campeã do grupo de acesso retornará ao Grupo Especial em 2023.
A primeira escola a desfilar no domingo será o Império Serrano, com homenagem e presença do ilustre sambista imperiano Arlindo Cruz. Com o enredo "Lugares de Arlindo", o "Reizinho de Madureira" promete uma grande performance, com energia, alegria e emoção. O carnavalesco Alex de Souza conta que o homenageado, que se recupera de sequelas de um AVC sofrido em 2017, vai vir no último carro em uma ala composta por familiares e amigos. O Império retorna este ano ao Grupo Especial, após ter vencido a Série Ouro em 2022 com o enredo sobre o capoeirista Besouro Mangangá.
A atual campeã Grande Rio desfila na sequência celebrando o sambista Zeca Pagodinho com o enredo "Ô Zeca, o pagode onde é que é?", desenvolvido pelos carnavalescos Leonardo Bora e Gabriel Haddad. A tricolor de Caxias vai apresentar a ligação do artista com os subúrbios do Rio e a Baixada e reverenciá-lo como um cronista do cotidiano. A rainha de bateria Paolla Oliveira promete chamar a atenção do público, assim como outros famosos que desfilam na escola. Entre eles, David Brasil, o rapper Xamã, a influenciadora Pequena Lo e a modelo Gabriela Versiani.
Mocidade vai apresentar enredo sobre Mestre Vitalino - Reprodução
Mocidade vai apresentar enredo sobre Mestre VitalinoReprodução
A terceira escola a desfilar no domingo (19) será a Mocidade Independente de Padre Miguel, que levará o sertão para a Sapucaí com o enredo sobre o artesão e músico Mestre Vitalino. Na narrativa em tom criacionista, Vitalino Pereira dos Santos, chamado 'Deus de barro', é representado como o 'pivô' da exaltação da cultura do nordeste brasileiro. O carnavalesco Marcus Ferreira afirma que a Verde e Branco conduzirá o público por uma viagem pelo sertão para contar a história do artista popular em suas facetas como artista e músico, além de mostrar seus discípulos.
Baía de Todos-os-Santos será homenageada pela Unidos da Tijuca - Divulgação/ Mauro Samagaio
Baía de Todos-os-Santos será homenageada pela Unidos da TijucaDivulgação/ Mauro Samagaio
A Unidos da Tijuca será a quarta escola a desfilar e promete dar um banho de axé na Sapucaí com o enredo sobre a Baía de Todos-os-Santos. O carnavalesco Jack Vasconcelos explica que o enredo vai narrar fatos históricos e tradições do entorno da maior baía tropical do mundo. Para cantar a Bahia na Avenida, Julio Alves, Cláudio Russo e Tinga compuseram um samba-enredo de refrão marcante que será interpretado pelo segundo ano consecutivo por pai e filha: Wantuir e Wictoria Tavares. A cantora Lexa será a rainha de bateria pelo terceiro Carnaval: 2020, 2022 e 2023.
Uma das fantasias que o Salgueiro vai usar na Avenida no Carnaval 2023 - Divulgação
Uma das fantasias que o Salgueiro vai usar na Avenida no Carnaval 2023Divulgação
A quinta escola a desfilar será a Acadêmicos do Salgueiro. O enredo "Delírios de um paraíso vermelho" vai tratar sobre a liberdade de expressão e tem como inspiração os ensinamentos de Joãosinho Trinta. Estreante na escola, o carnavalesco Edson Pereira tentará trazer o tão sonhado título, que não vem desde 2009 e promete sacudir a Avenida com o desfile de cunho social e contestador. A rainha de bateria Viviane Araújo, a atriz Dandara Mariana, que está em "Travessia", e a cantora Rebecca prometem levantar o público na Avenida.
Alegoria da Estação Primeira de Mangueira - Divulgação
Alegoria da Estação Primeira de MangueiraDivulgação
A Estação Primeira de Mangueira encerra a primeira noite de desfile do Grupo Especial com o enredo "As Áfricas que a Bahia canta", desenvolvido pelos carnavalescos Annik Salmon e Guilherme Estevão. A Verde e Rosa cantará a africanidade e religiosidade baianas a partir das instituições carnavalescas negras. O protagonismo feminino e as lutas contra intolerância e o racismo serão destacados no desfile.