Rio - O presidente do Rock in Rio, Roberto Medina, falou com o DIA a respeito das primeiras horas após a abertura dos portões serem a senha para começar a música na Cidade do Rock. O empresário, que há poucos meses realizou a edição Lisboa do festival, afirmou que, diferentemente de 1985, hoje, o Brasil, no quesito eventos, não só não deve nada, como é exemplo para o mundo.
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"Eu fiz Portugal agora e senti que as pessoas estavam voando. Estou sentindo a mesma coisa aqui. Ficamos quase três anos de joelhos por causa dessa pandemia, uma coisa muito séria. Eu acho que vamos entregar - e já estamos entregando - uma história que é de orgulho. Tem momentos no Brasil, e acho que esse é um deles, que viramos uma chave. Estamos com um certo complexo de vira-lata que não deveríamos ter. Dos países que eu visitei, temos, de longe, os melhores profissionais. Lá atrás, quando a gente começou, não tínhamos som, não tínhamos palco e hoje a gente exporta isso. Se a gente é vira-lata, somos o melhor cachorro do mundo!", defendeu.
Perguntado a respeito desta ser a primeira edição do festival em período de eleição e se acredita que isso possa gerar manifestações políticas, tanto do público, como dos artistas, Medina disse que acredita que essas questões, as que colocam seguimentos em lados opostos, seja superada pela música.
"Nada é mais agregador que a música, que une povos. A música elimina diferenças. As pessoas têm que conversar, tem que se entender, se encontrar. O festival, acho eu, é o momento oposto a todo esse estresse da sociedade e não é só do Brasil; é do mundo. O mundo vive um momento complicado com guerra e a música é uma linguagem universal, porque fala para todo mundo. Em relação ao país, a gente viveu um pouco isso em 1985. Era um momento de transição da ditadura para a democracia e havia uma vontade das pessoas se expressarem e aqui é um local de você gritar o seu som, seja ele metal, pop ou rock. É momento de encontro", disse.
Por falar em som, ele promete vir em alto e bom volume. No Palco Mundo do Rock in Rio, bandas como Sepultura e os britânicos do Iron Maiden prometem fazer metaleiros irem à loucura com novos e consagrados sucessos.
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