Violência contra a mulher
Violência contra a mulherDivulgação
Por O Dia
Rio - Com o aumento de casos de coronavírus no Rio de Janeiro, as autoridades se mobilizaram e novas medidas restritivas foram lançadas. Alguns feriados foram antecipados e com isso o estado ganhou um super feriadão, com 10 dias. Mas essa medida, que é fundamental para conter a pandemia neste momento, pode agravar um problema que muitas mulheres enfrentam: a violência doméstica.
A diretora do Departamento Geral de Polícia de Atendimento à Mulher (DGPAM), a delegada Sandra Ornellas, explica que essa é uma questão que preocupa, mas a mulher que é vítima não está sozinha.
"Acreditamos que é possível um aumento no número de casos de violência doméstica nesse novo período de reclusão. Isso com base nos dados levantados pelo Instituto de Segurança Pública durante o período de quarentena. Começamos a consolidar logo após o decreto de isolamento em março do ano passado, até junho. Houve diminuição no número de registros, que acreditamos ser uma subnotificação, mas, ao mesmo tempo, tivemos um aumento dos casos mais graves, como tentativa de feminicídio, lesões corporais graves e estupros", explica Sandra.
Dados da DGPAM mostram que este ano, até o dia 8 de março, foram quase 7 mil registros de ocorrência e mais de 4 mil medidas protetivas solicitadas. Isso só através das 14 delegacias de atendimento à mulher.
"Esse período de isolamento pode aumentar a violência contra a mulher porque, em muitos casos, a agressão ocorre quando autor e a vítima estão juntos em casa, esse é o momento de maior atrito. Além disso, o medo da doença, a questão econômica, o aumento do uso de bebidas alcoólicas são um conjunto de fatores para que ocorra a violência doméstica", explica a delegada.
No Rio, as medidas protetivas também podem ser solicitadas através da Defensoria Pública e de forma online pelo Maria da Penha Virtual. Vale destacar que não é preciso ter um registro de ocorrência para solicitar a medida.
"É importante lembrar que o atendimento à mulher não pode ser feito só pela polícia. A gente costuma dizer que a Lei Maria da Penha trabalha com o princípio dos três Ps: proteção, prevenção e punição. A gente sabe que a violência doméstica começa com um grito, como a própria Maria da Penha diz, e pode terminar com um feminicídio. Não se cale, procure ajuda", finaliza Sandra.
A mulher pode buscar ajuda através das seguintes redes:
- Atendimento em uma das Delegacias de Atendimento à Mulher;
- Quando se sentir ameaçada ou se já sofre violência, pode ligar para o 197 (que não é um atendimento de emergência) e selecionar a opção 1;
- 190 em casos de emergência;
- Maria da Penha Virtual pelo site maria-penha-virtual.tjrj.jus.br;
- Os vizinhos têm que ficar atentos, principalmente aos pedidos de socorro. Qualquer pessoa pode ligar para a emergência e pedir ajuda.
Disque 197
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No Rio de Janeiro, as mulheres podem ligar para a central 197, para tirar dúvidas sobre violência doméstica, fazer registro de ocorrência e solicitar medidas protetivas de urgência. Se precisar de assistência social e demais serviços, é possível ser encaminhada a partir da ligação.
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