Uma mulher ferida após um bombardeio da cidade de ChuguivARIS MESSINIS / AFP

A guerra na Ucrânia, que começou há quase um mês, vem causando tristeza e comoção no mundo inteiro. Diariamente nos chocamos com as notícias de cidades destruídas, famílias separadas e centenas de pessoas mortas nos combates. Já são cerca de 3 milhões de refugiados, pessoas que perderam sua casa, seu lar e sua pátria. E as mulheres e crianças são os que mais sofrem com a guerra. A desigualdade de gênero e o machismo, problemas com os quais lutamos tanto, ficam ainda mais em evidência. E a situação das mulheres é mais vulnerável.
Entre os graves crimes praticados durante a guerra, a violência sexual se torna uma marca lamentável. O estupro está entre os piores cenários da do conflito e as mulheres são usadas como uma arma da guerra. Os crimes sexuais são historicamente cometidos como uma tática de guerra. O Tribunal Penal Internacional de Haia, que fica Holanda, abriu inquérito para investigar esses e outros por crimes de guerra e contra a população da Ucrânia.

Neste cenário terrível, um episódio chocou o Brasil. No último dia 4 de março, uma série de áudios do deputado estadual Arthur do Val, de São Paulo, com comentários sexistas sobre mulheres ucranianas, causaram muita dor e tristeza. Várias autoridades, artistas e cidadãos do país repudiaram as falas. “Elas olham, cara, elas olham e, eu vou te dizer, são fáceis, porque elas são pobres”. A fala sobre as refugiadas foi classificada como gravíssima e desrespeitosa.

Na mesma semana, o deputado divulgou um vídeo se desculpando e disse que sua fala foi "machista" e "escrota". Mesmo assim, ele está sofrendo as consequências desse ato inaceitável. A namorada do parlamentar, Giulia Blagitz, anunciou o fim do relacionamento. E a Assembleia Legislativa de São Paulo abriu um processo para cassar o mandato do deputado.

Toda mulher tem que ser respeitada. Que casos como esse não fiquem impunes. A sociedade precisa mostrar o quanto isso é grave e nocivo não só para as mulheres, para todos o cidadão de bem.


Ajuda aos refugiados

O que podemos fazer para ajudar essas pessoas? Mesmo aqui no Brasil, várias iniciativas tentam amenizar a dor e o sofrimento dos refugiados da guerra na Ucrânia. Instituições como a ACNUR, que é a agência da ONU para refugiados, trabalha para proteger e reintegrar essas pessoas. A embaixada ucraniana no Brasil também criou a plataforma Ukraine Helpers. No site, estão disponíveis informações sobre organizações e endereços de ajuda humanitária, lista de fundações e organizações de caridade verificadas.

Além disso, há um mês, a Prefeitura do Rio criou o Programa de Auxílio ao Refugiado, que tem como objetivo garantir recursos para pessoas que tenham sofrido violência por serem refugiadas.
BELEZA DA ALMA
Quem estende a mão ao próximo percebe que o alcance do poder de suas ações é infinito.