Violência contra a mulherDivulgação

Infelizmente, o assédio sexual é uma realidade na vida de boa parte das mulheres. É lamentável que homens cometam esse tipo de crime, apesar de toda a nossa luta contra o machismo e a violência. Nos últimos dias, mais um caso chocante reacendeu esse alerta. Um motociclista de foi flagrado por uma câmera de segurança ao dar um tapa na bunda de uma mulher, em Fortaleza. O caso viralizou nas redes sociais e mobilizou autoridades e cidadãos. O homem foi identificado e é investigado por importunação sexual.

Uma pesquisa realizada no ano passado pelos institutos Locomotiva e Patrícia Galvão, mostrou que 71% das entrevistadas conhecem alguma mulher que já sofreu assédio em espaço público. E 83% já foram vítimas de episódios violentos enquanto se deslocavam. Mas o que fazer em casos como o que aconteceu em Fortaleza?

“ A mulher deve procurar a delegacia mais próxima de sua residência ou uma Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) para registrar uma ocorrência. Muitas vezes, a vítima não registra a ocorrência por vergonha, constrangimento ou medo de ser julgada e desacreditada, o que acaba aumentando a subnotificação e impunidade. Algumas pesquisas apontam que apenas 10% dos casos de abuso sexual são registrados”, explica Fernanda Fernandes, delegada titular da DEAM de Caxias.

O ato cometido pelo motociclista é um crime e ele está sendo indiciado por Importunação Sexual. Esse crime consiste em “praticar contra alguém e sem a sua anuência, ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro”, incluído pela Lei no. 13.718/18.

“Em 10 anos, a pornografia da vingança teve um aumento de 2.300%, onde as mulheres são as principais vítimas. Esses dados apenas comprovam que as mulheres ainda são vítimas de inúmeras violências, sobretudo sexual, em decorrência desta cultura sexista e misógina e de um machismo estrutural. A violência contra a mulher é um problema de todos e não só da vítima. Toda a sociedade tem que estar engajada no enfrentamento da violência contra a mulher”, finaliza Fernanda.
Meninas, não podemos nos calar e aceitar. Quando uma mulher é agredida todos nós somos!
Casos de violência na internet aumentaram
Segundo a delegada Fernanda, em 2021, houve um aumento da violência contra a mulher na internet de quase 22%. Só a pornografia da vingança (casos em que, após o fim do relacionamento, um dos envolvidos divulga imagens íntimas do outro), teve um aumento de quase 155%.
“ Em 10 anos, a pornografia da vingança teve um aumento de 2.300%, onde as mulheres são as principais vítimas. Esses dados apenas comprovam que as mulheres ainda são vítima de inúmeras violências, sobretudo sexual, em decorrência desta cultura sexista e misógina e de um machismo estrutural. A violência contra a mulher é um problema de todos e não só da vítima. Toda a sociedade tem que estar imbuída no enfrentamento da violência contra a mulher”, finaliza Fernanda.
BELEZA DA ALMA
"Para navegar contra a corrente são necessárias condições raras: espírito de aventura, coragem, perseverança e paixão"  -  Nise da Silveira