Casos recentes de violência contra a mulher, como o da atriz Klara Castanho, chocaram o paísDivulgação

Olá, meninas!
Nos últimos dias, três casos chocaram o país e geraram muita comoção. Tristes episódios que mostram como as mulheres sofrem com múltiplas violências e como temos a urgência em acabar com toda essa dor.
A história da atriz Klara Castanho, de 21 anos, veio à tona de maneira cruel. Ela foi estuprada, engravidou e escolheu parir a criança e entregá-la à adoção, amparada pela lei. Apesar disso, ela foi vítima de comentários cruéis na internet.
O outro caso foi o da menina de 11 anos que foi impedida de fazer um aborto após ser estuprada, em Santa Catarina. A família descobriu a gestação quando a menina tinha 22 semanas, mas ela foi impedida de realizar o procedimento e levada a um abrigo. O caso ganhou grande repercussão.
Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2021 mostram que apenas 35% dos estupros são denunciados. O mesmo documento mostra que cerca de quatro meninas de menos de 13 anos são estupradas por hora e 86% das violências são praticadas por pessoas conhecidas.
E por último, o vídeo que chocou as redes sociais, mostrando a procuradora Gabriela Samadello Monteiro de Barros, de 39 anos, sendo agredida de forma covarde pelo então colega de trabalho, Demétrius Oliveira Macedo, de 34 anos, também procurador. O caso aconteceu no interior de São Paulo. A gravação mostrava a vítima recebendo socos e chutes do agressor.
O Fórum Brasileiro de Segurança Pública de 2021 também mostra que só no ano passado, foram registrados 1.319 feminicídios no país. Em média, uma mulher foi vítima de feminicídio a cada 7 horas.
Infelizmente os três casos têm muito em comum. A violência explícita contra mulheres. Dói muito ter que se deparar com esses casos depois de tantas lutas por direitos e igualdade social.
No caso de Klara, a psicanalista Andréa Ladislau destaca que a atriz foi vítima de um circo de horrores. “Dentro do pacote de violências entranhadas, podemos citar: a violência física caracterizada pelo estupro; a violência moral; a violência da exposição e violação da intimidade; a violência dos julgamentos nas redes sociais; a violência psicológica, principalmente, por não ter condições emocionais de exercer a maternidade e com isso precisar entregar a criança para adoção; a violência da intolerância; a violência da falta de empatia e acolhimento, que colocam a vítima no papel de culpada”, explica.
Até quando vamos tolerar esse tipo de comportamento? São três casos - uma criança, uma atriz famosa e uma procuradora-chefe, de mulheres distintas, com realidades diferentes, mas que sofreram com todos os tipos de abusos e violência.
Fica aqui a indignação, a revolta e a tristeza. De uma mulher para todas as outras. Ser mulher não é fácil. Ser forte, quando estamos quebradas, é admirável. Precisamos de acolhimento, empatia e união. É isso que eu desejo. Fica aqui a minha solidariedade e admiração por essas mulheres fortes, que enfrentam essa violência diariamente e que conseguem se reconstruir e seguir em frente. Essa não é uma luta de mulheres, esta é uma luta de todos nós!