Danielle de Jesus, vice-presidente da Duty CosméticosDivulgação

Nascida em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, ela conquistou o topo da carreira como executiva da área de beleza. Aos 35 anos é a vice-presidente da Duty Cosméticos, uma grande empresa do setor, responsável pelas marcas Dabelle, Duty Color e Eico. Também trabalhou por 10 anos na Niely e como diretora de marketing na Loreal EUA. Mas para a nossa entrevistada de hoje, o seu lado empreendedora é tão importante quanto o seu lado mãe e mulher.
Cuidar dos negócios está no seu sangue. Filha do empresário Daniel de Jesus, criador da Niely, quando o assunto é ter pulso firme no trabalho, ela tira de letra. Mas também procura estar sempre presente com a família e não abre mão de cuidar do corpo e do bem estar. Casada, mãe de um menino e defensora do crescimento das mulheres no mercado de trabalho, o mulherão desta terça é Danielle de Jesus. Uma simpática gestora, dona de um sorriso fácil e de uma história cheia de sucesso. Vamos conhecer um pouco mais sobre essa mulher mais que especial?
Como concilia a rotina entre a família e os negócios?
É um desafio enorme, a gente está sempre equilibrando os pratinhos. É uma sensação constante de estar sempre faltando alguma coisa, devendo alguma coisa, mas também é muito prazeroso, pois acabo envolvendo a família nos negócios. Os negócios estão dentro de casa. É desafiador, mas ao mesmo tempo, quando a gente ama muito as duas coisas, a gente acaba misturando tudo e todos vivem esse sucesso, esse trabalho e essa dedicação. Sou uma pessoa muito, muito presente na vida da minha família e dos meus amigos. Tenho poucos e bons amigos. Tenho uma família pequena e muito próxima de mim. Como eu já trabalho muito, todo o tempo que eu tenho quando estou em casa, procuro estar com minha família e meus amigos. Procuro ser muito presente para eles e pensar sempre em sugestões de passeios e experiências importantes. Desde ler um livro, plantar alguma coisa, fazer um bolo, uma brincadeira, fazer tudo com a maior dedicação possível.
Como se sente desenvolvendo produtos para outras mulheres?
O que move o nosso dia a dia é a consumidora brasileira. Então eu busco olhar para as mulheres e pensar “O que elas gostariam de ter?”, “Que tipos de produtos elas gostariam de usar?”. Então procuramos desenvolver isso com agilidade, simplicidade e preço justo. Também entendemos o quanto isso acaba afetando a autoestima e o sonho das mulheres. Não só com elas, mas com o nosso púbico em geral. Isso é o que me motiva e o que motiva a nossa empresa. A gente faz isso diariamente. Desde o nosso relacionamento nas redes sociais, nas nossas pesquisas, nos testes e no acompanhamento de pós. Isso tudo é muito importante para nós.
Você vem de uma família empreendedora. Como foi a sua criação?
Eu fui privilegiada, por poder acompanhar o crescimento de uma empresa nacional de cosméticos. Meu pai sempre me envolveu muito nesse mundo. Desde pequena eu participava de feiras de cosméticos, lançamentos, palestras. Eu cresci sabendo que aquilo estaria na minha vida. Um exemplo de empreendedorismo do meu pai, de garra e de dedicação para os funcionários. Eu levo isso em mim e busco como exemplo para meu filho também.
Como repassa esses valores para o seu filho?
Eu sempre soube que gostaria de fazer a diferença na vida das pessoas. Mesmo quando vendemos a nossa empresa anterior, sempre soube que queria continuar fazendo algo para o bem, empregar pessoas, fazer produtos que mudassem a vida das pessoas. Quando tive oportunidade de voltar para esse mercado eu não pensei duas vezes. Isso é tão prazeroso, isso é algo que eu amo muito fazer e acabo levando isso para casa. E deixo claro para meu filho e para o meu marido que saio de casa para fazer algo que amo. São valores muito importantes, para que eles entendam e possam acompanhar, da mesma forma que eu fiz com meu pai.
Quais foram os maiores desafios para você?
Eu cresci acompanhando a trajetória de um pai que foi vencedor. Então me perguntava “Como encontrar meu espaço na carreira e na minha personalidade?”, “Como mostrar para as pessoas que eu não estava ali porque eu era filha do dono?” Fiz isso mostrando que eu era uma pessoa qualificada e que buscava aprender e que eu queria crescer. Acho que fiz isso com muito carinho e humildade. Comecei como estagiária e fui crescendo. Tratando com muito respeito todos os funcionários, perguntando a opinião de todos, sempre muito parceira dos funcionários.
Você se acha um mulherão? Pode deixar um recado para todas as mulheres?
Nunca tinha me olhado dessa forma, como um mulherão! Acho que todas nós, que acordamos todos os dias tendo que trabalhar, que unir a família, buscar um espaço para a gente, tendo que se motivar, isso é ser um mulherão. O conselho que dou para todas as mulheres é que busquem os seus sonhos, corram atrás, tenham a humildade de buscar pessoas que possam ajudar. Fazendo o bem, de forma correta, você com certeza vai chegar lá.