Tudo o que você precisa saber antes de fazer uma plástica Reprodução

Olá, meninas!
Na semana passada, um caso absurdo se tornou público e chocou todas nós. Uma mulher teve complicações após fazer uma abdominoplastia e colocar próteses de silicone nos seios com o cirurgião plástico equatoriano Bolívar Guerrero Silva, na Baixada Fluminense. Ela foi mantida em cárcere privado, dentro do hospital, em estado grave. Com problemas sérios, a paciente chegou a ficar com os seios necrosados e sentindo muitas dores.
Esse caso acendeu um alerta muito importante. O que devemos observar antes de passar por uma cirurgia plástica? Quais cuidados devemos tomar ao buscar um profissional para fazer o procedimento?
Em um levantamento feito pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética), o Brasil respondeu por 13,1% do total de procedimentos, seguido pelo Estados Unidos, com 11,9%. Este é o segundo ano consecutivo em que a avaliação destaca a liderança brasileira.
Antes de pensar em uma mudança no corpo, é preciso levar em conta informações importantes, para garantir uma plástica de sucesso. Para explicar essas questões e tirar as dúvidas sobre o assunto, o cirurgião plástico Luís Felipe Maatz, especialista em reconstrução mamária deixou dicas fundamentais. Confiram!
Não se iluda: plástica não é clonagem - Muitas pessoas já chegam ao consultório dizendo que querem ter a boca igual da Angelina Jolie ou a barriga da Carolina Dieckmann. Segundo o cirurgião, isso não existe. Cada pessoa tem um biotipo próprio e nem sempre o que é lindo em alguém ficará bem em vocêNão use a plástica para ser o clone de algum artista. O resultado nunca será o mesmo e você poderá fazer um estrago na sua aparência.
Em quais casos a plástica é mais indicada - Tem orelha de abano? Seu nariz é saliente demais e desproporcional ao seu rosto? Seus seios são muito grandes a ponto de prejudicarem sua coluna? Teve bebê e suas mamas ficaram caídas? Emagreceu demais e ficou com a barriga flácida, com excesso de pele? Você treina regularmente, tem uma alimentação saudável e, mesmo assim, não consegue se livrar dos pneuzinhos? Estes são bons motivos para recorrer à cirurgia plástica. Nestes casos, o procedimento irá corrigir as partes que incomodam o paciente, aumentando sua autoestima.
Tenha bom senso e saiba a hora de parar - Realizar uma lipoaspiração em partes com excesso de gordura que não é eliminada com atividade física; aumentar os seios pequenos para te deixar mais feminina ou implantar botox para suavizar marcas de expressão. Desejos como esses são normais. Todo mundo tem insatisfação com alguma parte do corpo. No entanto, como tudo na vida, é preciso ter bom senso e saber o limite da cirurgia plástica. Já vimos diversas celebridades que ficaram com a aparência praticamente deformada devido ao excesso de plásticas. A cirurgia estética serve justamente para harmonizar seu rosto e/ou corpo. O resultado deve ser natural. Lembre-se: a plástica bem realizada é aquela que não fica evidente.
Cirurgia se faz em hospital, não em clínica - Qualquer cirurgia tem seus riscos. Principalmente em pacientes com problemas de saúde (vale lembrar que doenças pré-existentes devem ser analisadas pelo médico durante a avaliação no pré-operatório). São muitos os casos de pessoas que morreram ou tiveram sequelas em plásticas realizadas em clínicas que não tinham preparo para possíveis emergências. Daí a importância de uma equipe qualificada e de um ambiente hospitalar, que terá toda a estrutura necessária para uma possível complicação.
Siga as orientações do médico no pós-operatório - Realizar o pós-operatório exatamente como indicado pelo médico é fundamental para o sucesso da cirurgia. No início, haverá inchaço, incômodo e o paciente não deverá fazer esforços físicos por um determinado período. É imprescindível tomar as medicações prescritas e seguir a alimentação direcionada. Cada procedimento possui orientações pré e pós-operatórias específicas. Na consulta com o cirurgião plástico, que deve ser completa e detalhada, é realizada avaliação física do paciente, análise de seu histórico pessoal e familiar, e questionamento sobre eventuais doenças.