10 mitos e verdades sobre câncer de mamaReprodução
Esse é um assunto que sempre falamos por aqui, mas nunca é demais fazer esse alerta! Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de mama é a primeira causa de morte por câncer na população feminina no Brasil. O combate à doença é extremamente importante e muitas mulheres ainda deixam de lado a sua saúde! A informação tem um papel fundamental por auxiliar nas medidas preventivas, no diagnóstico precoce e na adesão ao tratamento, para aumentar as chances de cura e sobrevida, além de melhorar a qualidade de vida das pacientes. Por isso, para entender mais sobre a doença, a médica oncologista Maria Cristina Figueroa Magalhães, tira as principais dúvidas.
O câncer de mama só afeta quem tem histórico familiar
Mito. Apesar de pessoas que possuem histórico de câncer de mama na família apresentarem maior risco de desenvolver a doença, medidas preventivas são fundamentais para qualquer mulher. Segundo o INCA, apenas 5% dos casos estão relacionados a fatores hereditários.
Verdade. Existem evidências de que quanto mais prolongado for o período de aleitamento, maior a proteção, principalmente se a gestação ocorrer antes dos 30 anos de idade. Esse elo se dá porque a amamentação reduz o número de ciclos menstruais e, consequentemente, da exposição a certos hormônios femininos que podem estar associados ao surgimento de tumores, como é o caso do estrógeno. Assim, um mecanismo postulado para o efeito protetor da amamentação é que ela pode retardar o restabelecimento dos ciclos ovulatórios.
Mito. O chamado “caroço” não é o único sintoma do câncer de mama. Além dele, existem alguns nódulos não palpáveis que só podem ser detectados por meio da mamografia. Este exame tem papel fundamental na detecção de calcificações, que podem surgir antes mesmo da imagem de um nódulo.
Mito. O câncer se origina da mutação do DNA celular herdado ou adquirido por fatores ambientais. Nenhum tipo de desodorante causa essa modificação. O que pode acontecer com o uso deles são alergias e irritações.
Verdade. As estatísticas mostram que a idade avançada é um dos fatores de risco para o câncer de mama. Isso não significa que os exames de prevenção não devam ser realizados em mulheres de outras faixas etárias. Dados do INCA mostram que a faixa etária que mais se beneficia do rastreio de câncer de mama é entre os 50 e os 69 anos. É nesse grupo que o custo-efetividade da mamografia é adequado.
Verdade. A prática de atividades físicas traz benefícios à saúde em geral e ajudam a prevenir uma série de problemas crônicos e agudos. A obesidade e o sedentarismo aumentam o risco de desenvolvimento de câncer de mama.
Mito. Ao longo da vida, nosso corpo apresenta uma multiplicação desordenada de células que podem formar nódulos nas mamas, mas nem sempre eles trazem risco para a mulher. A maioria dos nódulos é de origem benigna e não apresenta risco de evoluir para câncer de mama.
Mito. Quanto mais cedo a doença for diagnosticada, maiores são as chances de cura. Por isso, existe tanto empenho em torno da conscientização para o diagnóstico precoce, como ocorre na Campanha Outubro Rosa. No entanto, é sempre fundamental levar em conta que cada pessoa é única e a evolução da doença também. Os avanços nos tratamentos garantem altos índices de sucesso dos desfechos clínicos.
Mito. O uso deste tratamento e bem frequente, mas em muitos casos não é necessário. A decisão em relação ao uso ou não de quimioterapia e baseada em vários fatores: tamanho e características do tumor, dados do estudo imuno-histoquímico (tipo de câncer de mama) e condições de saúde da paciente, entre outros. Terapias conjugadas com uso de medicamentos biossimilares vem ampliando as opções de tratamento de combate ao câncer de mama e contribuindo para desfechos clínicos bem-sucedidos.
Verdade. Existem alguns sintomas do câncer que não estão relacionados a “caroços” nos seios. São eles: pele com escamação, irregular ou inflamada; vazamento pelo mamilo, inchaço da mama; dor nas costas e no pescoço; e perda de peso inexplicável. Além disso, o rastreio com mamografia anual a partir dos 40 anos é extremamente importante para os casos em que a paciente não possui sintoma.
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