Duque de Caxias - A cidade da Baixada Fluminense ganhou uma homenagem no novo álbum cantor Felipe Vaz. O trabalho, que recebeu apoio local, recebe o nome de “Terra de Mulher Bonita”. O fato se deve a uma placa feita à mão que se localizava na Baía de Guanabara, na altura da Linha Vermelha — principal via de acesso entre a Baixada e a cidade do Rio de Janeiro. Era comum, ao seguir viagem de Caxias para o Rio, se deparar com o emblema “Duque de Caxias: Terra de Mulher Bonita”. Hoje a placa não está mais lá.
“A ideia central do disco é poder falar sobre meus amores, paixões, inseguranças, crenças, política e visão de mundo, tendo a cidade como objeto poético. Assim como é ‘belo’ falar sobre a Garota de Ipanema, quero mostrar como é bonito também falar sobre a Terra de Mulher Bonita. Para além do apego local, o álbum é para todos aqueles que amam, choram, sentem saudade, se frustram, e que vão se reconhecer nessa jornada. Claro, será especial para a população da cidade, mas também um convite para mergulhar na cultura de uma das maiores periferias urbanas do Brasil. Uma iniciativa para que possamos nos identificar enquanto seres periféricos e fomentadores da cultura regional”, reconhece Felipe.
Todo esse universo se torna elemento literário: a religiosidade, linhas de ônibus, praças, bares, bairros e festas, que dão o tom suburbano aos mais humanos dos sentimentos, além das figuras e ícones históricos, que são lembrados ao decorrer da obra. Não só na escrita, mas essas referências são levadas também para dentro da estética do trabalho.
As alvoradas e o pôr do sol, as cores e os sons, os calçadões e os rios de um Rio menos conhecido, mas igualmente vivo, povoam as 19 faixas de “Terra de Mulher Bonita”. Felipe Vaz caminha do sagrado ao profano, do “13 de junho”, dia de Santo Antônio, padroeiro de Caxias, até “Vila São Luís” e “Bicho Homem Bicho Flor”, passando pelo funk sensual de “Turnê”. O artista não se restringe a gêneros ou mesmo limites geográficos, chegando ao bairro de “São Cristóvão”. Da bossa ao beat, do samba ao sample, passando por disco, house, pop, synthwave, new wave, indie rock e baile, Felipe Vaz canta amores e desamores, esperanças e desilusões ao reimaginar uma identidade do Rio e seus arredores mais plural. Tanto que, para criar essa narrativa, Felipe recebe 9 convidados: Bryan Santos, Clá Gouveia, Clara Bastos, Junior Capelloni, NATÖ, yaramay e Rojão, Ventilador de Teto e Sta. Rosa.
Ouça “Terra de Mulher Bonita”: https://smarturl.it/TerraDeMulherBonita Assista ao shortfilm: https://youtu.be/WiLnXcs_ejs
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