Artesão vendeu quase 500 peças, entre jogadores em miniatura e minicraques com
arte em papel
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Artesão vendeu quase 500 peças, entre jogadores em miniatura e minicraques com arte em papel Divulgação
Por RODRIGO TEIXEIRA

Rio - O artista plástico Christian Gama comprou uma máquina em 3D para confeccionar miniaturas de atletas da Copa do Mundo da Rússia, vendidas pela internet. O casal Ana Paula Silva de Souza e Walmyr Neto aproveitou o Mundial para lançar uma barraca de churros gourmet confeccionados com as cores da seleção brasileira. Eles fazem parte de um universo de mais de 30 milhões de microempreendedores individuais (MEIs) impactados pela competição. A expectativa é que o setor fature R$ 1,5 bilhão entre 14 de junho e 15 de julho, data da final da Copa, segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Se a estimativa for confirmada, o setor irá registrar um aumento de 7,9% em comparação ao Mundial de 2014, no Brasil. Ainda de acordo com o estudo, setores como alimentação, instalação e manutenção, costura, bancas de jornal e agências de viagem são impactados pelo evento. Os dados da CNC refletem o crescimento na demanda dos microempreendedores. Citado no começo da reportagem, Christian Gama, que produz mini craques em papel e jogadores em miniatura com camisas de qualquer time de futebol, disse que as encomendas dobraram. Só na Copa, ele já vendeu quase 500 peças. "A camisa canarinho que mais sai é do Philippe Coutinho", revela o artesão, que ainda tem a taça Julie Rimet em 3D como produto de sucesso nesse período. Interessados em encomendar os produtos podem acessar o site www.christiangama.com.

Artesão produz mini craques e até uma reprodução da taça da Copa do Mundo. Produtos são vendidos pela internet - Divulgação

Para quem trabalha com alimentação, por exemplo, é hora de vender doces e outros alimentos tematizados no verde e amarelo. Ana Paula, que lançou o churros 'Vai Brasil' em homenagem à seleção brasileira, segue o exemplo à risca. "Tem recheio de doce de leite e confeitos de chocolate nas cores da nossa bandeira", afirma. Até o barbeiro Rodrigo Silva, que também é MEI, está lucrando. "Enquanto a galera assiste aos jogos, eu trabalho. Às vezes, é só nessa hora que as pessoas têm tempo para cuidar do visual".

Bandeiras, roupas estilizadas e outros adereços ganham espaços nos ateliês e oficinas dos microempreendedores que trabalham com costura. Por ser uma época em que todos querem estar de verde e amarelo, há um aumento na demanda para esse tipo de trabalho.

Microempreendedores vendem churros inspirados nas cores da seleção brasileira - Divulgação

Para o CEO da MEI Fácil, Marcelo Moraes, a expectativa é de que diversos setores relacionados ao microempreendedorismo também sejam ativados. "É uma ótima oportunidade para que os microempreendedores intensifiquem sua atuação. Com isso, aumenta também a necessidade de uso de meios de recebimento, como maquininhas de cartão e boletos de cobrança. É possível que haja um aumento considerável no uso dessas soluções, que até pouco tempo não eram acessíveis ao pequeno empresário", conta o executivo.

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