Ocyan e Firjan SESI ofertam 30 vagas destinadas para mulheres acima de 18 anos e residentes em qualquer município do estadoGetty Images

Por O Dia
Os impactos econômicos da pandemia de Covid-19 atingiram em cheio as mulheres empreendedoras brasileiras. Dados de um levantamento do Sebrae mostram que a crise interrompeu um movimento consistente, verificado desde 2016, de crescimento na representatividade das mulheres no universo do empreendedorismo no país.
No 3º trimestre de 2020 havia cerca de 25,6 milhões de donos de negócio no Brasil. Desse universo, aproximadamente de 8,6 milhões eram mulheres (33,6%) e 17 milhões, homens (66,4%). Em 2019, a presença feminina correspondia a 34,5% do total de empreendedores (o que representou uma perda de 1,3 milhão de mulheres à frente de um negócio).

As mulheres empreendedoras estão em maior proporção no Sudeste (43%) e no Nordeste (24%). São Paulo (23%), Minas Gerais (9%) e Rio de Janeiro (8%) são os estados com maior número de empreendedoras no país.

No Estado do Rio de Janeiro são mais de 1,9 milhão de empreendedores (conta própria e empregador). Desse total, 37% (cerca de 722 mil) são formados por mulheres empreendedoras — 33% desses negócios são formalizados. As empreendedoras estão proporcionalmente mais presentes no setor de serviços (63%). 70% delas têm ensino médio ou superior completo e 29% estão na faixa etária de 35 até 44 anos.

Outros dados sobre o empreendedorismo feminino no Estado do Rio de Janeiro:

- Do total de empreendedores (1,9 milhão), as mulheres empreendedoras representam 25% na força de trabalho feminina, contra 31% dos empreendedores homens;

- Em relação ao empreendedorismo feminino por raça e cor, 52,7% são Branca (380.521), 35,0% Parda (253.114) e 11,9% Preta (85.983);

- Por quantidade de empregados, 69% têm de um a cinco empregados e em relação a faixa de renda mensal, 82% têm de R$ 1.500 a R$ 2.500.

Sebrae Delas
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Para apoiar ainda mais as mulheres empreendedoras em todo estado, este mês, o Sebrae Rio vai lançar nova edição do Programa Sebrae Delas. A iniciativa visa tornar os negócios liderados por mulheres mais competitivos. Por meio de edital, que ainda será divulgado, 200 empreendedoras terão acesso a 49 horas de capacitação, entre os meses de junho a dezembro, além de participarem de sessões de negócios e encontros estaduais para fortalecimento de redes.

O Programa já atendeu 747 mulheres (direta ou indiretamente). Em 2020, as empresas participantes do programa registraram um aumento de 10% no faturamento bruto, além do aperfeiçoamento de algum produto, serviço ou processo em 62% desses negócios.

"Desde sua criação, em 2019, as capacitações ocasionaram aumento do faturamento e acesso a serviços financeiros para esses negócios. Muito mais do que os resultados em volume de negócios, a iniciativa permitiu que estas mulheres descobrissem e vivessem o cotidiano do empreendedorismo, que é o desafio, a necessidade de se superar continuamente e a busca pela inovação", destaca Renata Roqui, analista do Sebrae Rio.

A empresária Marisa Ebecken deixou o emprego para trabalhar com pets, sua paixão, e nasceu a Diggy Doggy: "Ao ser dona de um pequeno negócio, entendi que necessitava ter conhecimento sobre áreas fundamentais da empresa para que tudo andasse bem. Com o programa, aprendi a colocar em prática conhecimentos para administrar minha empresa, melhorando pontos fortes e trabalhando os pontos fracos".