
Rio - Empresários das áreas química, automobilística, têxtil, de maquinário, construção civil, aço e siderurgia prestaram apoio, nesta segunda-feira, ao candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro. O grupo de dez empresários liderado pelo deputado federal Onix Lorenzoni (DEM-RS), apontado como possível futuro ministro da Casa Civil, assinou um manifesto em favor do presidenciável.
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"Os setores industriais que representam 32% do PIB industrial e geram 30 milhões de empregos diretos e indiretos e R$ 250 bilhões em pagamento de impostos colocam-se a favor do diálogo com o candidato Jair Messias Bolsonaro (PSL) na Presidência da República para encontrar caminhos para a retomada do desenvolvimento da indústria, crescimento do país e geração de empregos", diz o texto.
Em uma foto postada nas redes sociais de Bolsonaro, o candidato agradece o apoio. Os empresários seguram a carta compromisso, firmada na casa do presidenciável, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.
"Hoje me reuni com muitos empresários de diversos setores do Brasil. Deixo o registro de uma destas produtivas reuniões. Vamos juntos livrar o Brasil das garras ideológicas da esquerda", diz o texto postado nas redes sociais.
Gentilezas
Logo no início da reunião, Onyx Lorenzoni disse a Bolsonaro que "os empresários querem declarar publicamente o apoio desse setor e que o Brasil volte a crescer". O candidato reagiu afirmando que "nós não queremos atrapalhar os senhores".
Em seguida, o presidenciável reiterou sua confiança em Paulo Guedes, apontado como futuro ministro da Economia, se Bolsonaro for eleito. "Eu falei com o Paulo Guedes e ele é a pessoa que está conduzindo isso tudo. Eu estou muito esperançoso com as propostas dele e a gente tem um pacote de medidas que não traga mais sofrimento a ninguém".
Bolsonaro citou a economia dos Estados Unidos e as medidas tomadas por Donald Trump ao assumir o governo. "Eu acho que colaborando nesse sentido como o Trump fez lá. Eu sei que as economias são diferentes, mas buscando e fazendo algo semelhante dá para a gente ampliar a base de emprego no Brasil e o Brasil precisa de confiança também. Não temos o direito de errar".
Participantes
Estiveram presentes no encontro os representantes Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
Os executivos em destaque na foto, postado nas redes sociais, são Fernando Figueiredo (Abiquim), Marco Polo de Mello Lopes e Sergio Leite de Andrade (Aço Brasil), José Augusto de Castro (AEB), Sérgio Leite de Andrade (Usiminas/Aço Brasil) e Fernando Pimentel (Abit).
O presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Mello Lopes, elogiou o estado de saúde do candidato do PSL, que há 45 dias levou uma facada no abdômen. "Prazer em vê-lo com saúde"”, disse Mello Lopes. Bolsonaro respondeu: "Passei maus momentos, mas eles se deram mal".