Bolsonaro votou por volta das 10h30 deste domingo - Andre Coelho / AFP
Bolsonaro votou por volta das 10h30 deste domingoAndre Coelho / AFP
Por AGÊNCIA BRASIL e ESTADÃO CONTEÚDO
Rio - O presidente Jair Bolsonaro votou, pouco depois das 10h30 deste domingo, no segundo turno das eleições municipais no Rio. A seção eleitoral do presidente fica na Escola Municipal Rosa da Fonseca, na Vila Militar, em Deodoro, na Zona Oeste da cidade. Bolsonaro confirmou o voto, já esperado, em Crivella, mas negou ter feito campanha: "Eu votei no Crivella, todo mundo sabe disso. Fiz carreata, comício para alguém? Discretamente meu nome para alguns candidatos e o povo decidiu", disse.

O esquema de segurança no local foi reforçado por causa da presença do mandatário. Eleitores que votaram na escola até a saída de Bolsonaro precisaram passar por detector de metal e revista em bolsas e mochilas.

Após desembarcar na capital carioca, o presidente foi direto para o local de votação. Assim como aconteceu no primeiro turno, poucos apoiadores estiveram do lado de fora da escola à espera dele. Ele estava acompanhado do deputado federal Helio Lopes (PSL-RJ).
Ao falar com a imprensa, Bolsonaro voltou a criticar duramente as urnas eletrônicas, defendeu o voto impresso e, sem citar nomes, ironizou a ideia do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luis Roberto Barroso, de liberar o voto por smartphones no futuro.
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"Alguns falam em voto por telefone. Tem gente que nunca entrou na casa de mais humildes", disparou. "Seria mais complicado porque em locais tomados por violência... teriam de votar pelos indicados pela 'autoridade' local".
Na uma conversa de cerca de 30 minutos que teve com os jornalistas presentes, Bolsonaro variou o tom das falas. Às vezes, parecia falar como presidente de fato, mas outras vezes adotava tom de candidatura.
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"Eu, como presidente da República, quero voto impresso já", afirmou Bolsonaro, para quem essa é uma decisão do Executivo em acordo com o Legislativo. "Ganhei em 2018 só porque tinha muito mais votos. E digo mais: a apuração tem de ser pública, e não feita por meia dúzia de pessoas. O TSE tem a obrigação de entregar os boletos de urna".
Bolsonaro não se engajou com força na campanha municipal do Rio, mas gravou vídeo em apoio ao atual prefeito, Marcelo Crivella (Republicanos). Crivella busca a reeleição, mas ao longo de toda a campanha apareceu atrás de Eduardo Paes (DEM) nas pesquisas de intenção de voto.
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O presidente retorna para Brasília ainda hoje e, nesta segunda-feira, como é feriado do Dia do Evangélico na capital federal, não tem compromissos oficiais previstos.