Agenda vazia não é normal na campanha de Lula. Ontem, se dedicou à preparação para o debateSILVIO AVILA / AFP

São Paulo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não teve compromissos de campanha neste sábado (15). Isso porque candidato se prepara para o debate deste domingo (16), na Band, onde enfrentará o presidente Jair Bolsonaro (PL), seu adversário no segundo turno das eleições.
A agenda vazia do petista não é a norma. Na última quinta-feira (13) o ex-presidente participou de um comício em Maceió, capital de Alagoas, a única no Nordeste na qual o petista não derrotou o candidato do PL no primeiro turno. Ao lado do senador Renan Calheiros (MDB) e do governador Paulo Dantas (MDB), Lula afirmou que pretende vencer as eleições do dia 30 de outubro para “recuperar o prestígio do Brasil e para recuperar a economia brasileira”.
Na sexta-feira (14), Lula participou de uma coletiva de imprensa em Recife, Pernambuco. Durante a sua fala o candidato abordou o tema da fome, afirmando que uma solução para combatê-la é a criação de estoques reguladores de alimentos.
"Você pode facilitar o aumento da produção agrícola, sobretudo com pequeno e médio produtor rural. Você pode fazer estoque e, fazendo estoque, controlar o preço. Vai colocar mais produto no mercado quando o preço estiver alto. Fizemos isso, a Conab era uma coisa importante no meu governo. Na Conab a gente guardava uma espécie de estoque regulador", explicou o candidato do PT.
Outro ponto levantado foi a passagem de Bolsonaro pela cidade no dia anterior, que Lula descreveu como um “fiasco”.
"Como ele não gosta de negro, mulher, sindicato, não gosta de prefeito, não gosta de governador, agora ele diz que não gosta de nordestino. É por isso que o ato que ele fez foi um fiasco aqui em Pernambuco. Ele é um cidadão que não sabe respeitar o mínimo de sensibilidade do ser humano", enfatizou o ex-presidente.

Pesquisa
Segundo pesquisa divulgada pelo Datafolha na última sexta-feira (14), Luiz Inácio Lula da Silva lidera a disputa pela presidência no segundo turno, com 49% das intenções de voto, contra 44% do presidente Jair Bolsonaro. Os brancos e nulos correspondem a 5% e os indecisos somam 1%.
Nos votos válidos, o candidato do PT alcança a marca de 53%, enquanto o atual chefe do Executivo do país tem 47%. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais.